Tempo para ser Pai

19.3.18

Aproveitando o Dia do Pai decidi ser eu a escrever, surpreendendo assim a Andreia que me pede vezes sem conta para o fazer.

Hoje quando acordei o Baby FM veio em minha direção meio tímido com um coração com a sua mão estampada e ao longe ouvia a voz da A a dizer “vai dar ao papá”.

Uns passos à frente, encontro o T na sala com o seu sorriso, a gritar “Papá, Papá”.

E são estas pequenas coisas que tornam os meus dias tão alegres. Coisas tão simples, que muitas vezes passam despercebidas mas que enchem o meu coração desde o amanhecer até ao anoitecer.

Hoje havia uma festa na escola do T para os pais e como tal fui eu que o levei à escola, para isso tive de acordar muito cedo pois as atividades começavam ás 8.30h mas não havia nada que me impedisse de ir.

Brincámos, corremos, desenhámos e acabei a manhã com um beijinho e um adeus papá!

Na viagem para ao trabalho, foi impossível não ter refletido sobre esta manhã, como estava tão crescido e tão querido. Dei por mim a pensar que as coisas mais pequenas e simbólicas são as que nos completam mais.

Por isso senti necessidade de escrever. Devemos de aproveitar mais estes momentos, eles crescem a uma velocidade veloz e dou por mim a escaparem-me pelos dedos. Não aproveitando o melhor deles, os seus sorrisos, o amor, o mimo. Os meus filhos ainda são uns bebés, não se apercebem que o país está em seca, que estamos em greve, ou que estamos em crise, apenas querem saber se o pai está em casa, se posso brincar ás escondidas, se posso desenhar com eles, se os deixo ver os seus desenhos animados preferidos debaixo da minha asa.

E é nestas coisas que percebemos que nós pais temos um poder gigante de os fazer tão felizes com tão pouco.

Por isso pergunto, se é tão fácil os fazer rir porque não fazemos mais vezes? Porque estamos demasiado preocupados com a “vida”? Com o trabalho, com as despesas e com os stresses da vida?

Claro que temos de trabalhar e sustentar a nossa família, de ter dinheiro para lhes proporcionar uma vida boa, mas não podemos esquecer que isso não é o que precisam naquele momento.

O que os faz feliz é o nosso sorriso, é a nossa presença.

O dinheiro para nós adultos, infelizmente dita mutas vezes a nossa felicidade pois precisamos dele para lhes proporcionar o melhor. Mas cabe a nós encontrarmos um equilíbrio para os nossos filhos pois o que eles precisam é de um abraço nosso.

Com isto não digo que devemos deixar de trabalhar (era bom). Mas é urgente que tenhamos consciência que é importante parar para olhar nos olhos dos nossos filhos, caso contrário eles crescem e quando olharmos para eles já não vão ser mais os nossos bebés. E o melhor de ser pai é aproveitar cada sorriso deles, cada palavra.

Pessoalmente trabalho muito e quando chego a casa já é muito tarde e pouco tempo sobra para estar com eles mas tento ao máximo equilibrar.

Deixo-vos com algumas dicas que acho necessárias para encontrarmos um equilíbrio:
  • Não levar trabalho para casa! Se tiveres que ficar um bocado mais tarde para acabar alguma coisa fica.. não leves o trabalho para casa porque isso implica não estares a 100% com eles. 
  • Fim-de-semana é fim-de-semana! Aproveita o fim de semana, desliga as notificações do e-mail. Se tiveres que pegar no telemóvel que seja apenas para tirar uma fotografia aos teus filhos. Acredita que não é o fim do mundo não veres o e-mail durante dois dias. 
  • Dia do Pai! Já que existe este dia então aproveita, é o nosso dia. Se a escola convida para ires fazer as atividades com o teu filho vai! Aproveita, é uma hora da tua vida, que para eles significa o mundo. 
  • Deixa o miúdo que tens dentro de ti vir ao de cima.. não ligues aos que as outras pessoas podem pensar. O importante é que os teus filhos riam com as tuas palhaçadas. 
Abraço a todos os pais por aí, estamos juntos!




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