Mas que semana... Foi em cheio! Não podia ser mais nem menos do que aquilo que foi. Foi simplesmente perfeita.
Fui Mãe e Pai! Fui a que ditou as regras mas a que brincou até sem fim.
É certo que não fui sozinha, fui com os meus pais, de outra forma não teria a coragem de ir "só" com eles.
Mas há coisas que só os pais podem fazer, e foi nessas pequenas coisas que me vi pela primeira vez a desdobrar nos dois papéis. Não havia aquela partilha de responsabilidades, "do eu faço isto e tu fazes aquilo", ou "agora apanhas tu sol e depois apanho eu". Era tudo eu, ou a boa vontade dos meus pais que foi muita!!
Descansar com duas crianças de 2 e 3 anos não é a palavra mais adequada!! Por isso tomei a responsabilidade como minha, embora tivesse sempre ali os meus braços direitos a darem uma mão.
E o melhor de tudo é que além de mãe, fui filha. E foi tão bom!!
Voltei às asas dos meus pais mas desta vez com os meus pintainhos e juntos formámos um ninho perfeito.
O T e o FM estavam radiantes, foi uma semana cheia de bom tempo numa das praias mais bonitas do mundo, a praia de São Rafael.
Os dois nunca perceberam que era suposto só estar um e ainda bem porque a felicidade que eles tinham um com outro era bonita de se ver. Sentia que eles mais que praia estavam felizes por se terem ali um ao outro. E ver todas as suas brincadeiras e cumplicidade encheu-me o coração.
Mas desta viagem o que levo mesmo no meu coração foi o momento em que o T não queria andar mais (o T tem de andar muito e muitas vezes temos de contrariar o colo) e sentou-se no chão de braços cruzados. Eu estava mais à frente com o FM de mãos dadas e quando olhámos ele estava sentado, o FM largou-me a mão e foi a correr para ele, deu-lhe as mãos e puxou-o. Tenho pena de não ter fotografado esse momento ou até filmado mas tinha ficado sem bateria no telefone e fiquei ali simplesmente a olhar, de forma estática a admirar e a orgulhar-me da sorte que tinha em ser mãe daqueles dois.
Foi inevitável não os ter só para mim e foi óptimo tê-los ali comigo, dormimos sempre juntos e até à água (gelada) fui "obrigada" a ir. Brincámos na areia, saltámos, fizemos longas caminhadas pelo areal com conversas "só" nossas, comemos bolas de Berlim, bolachas Americana, gelados (muitos) e fomos todos crianças.
Ao contrário de Lisboa, o Algarve esteve com um tempo óptimo, não tão quente como os anos anteriores mas o suficiente para nos deixarmos levar pelo raios solares. Sendo que com crianças é impossível estar mais que cinco minutos deitada ao sol. Éramos os primeiros a chegar à praia (8.30h) e os últimos a sair. Isto porque saíamos por volta do 12.30h e só voltávamos pelas 17.30/18h. Andámos sem pressas, a um ritmo lento sem grandes planos, só com intenção de nos aproveitarmos uns aos outros.
E foi tão bom!
Eu estava feliz, os meus pais também e eles radiavam uma luz que chegava a encadear de tão forte que era.
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