Agenda de Lazer #11

30.11.18
Amanhã começa o mês mais mágico de todo o ano.

Um mês cheio de atividades, de luzes, de concertos e de muito brilho.

Confesso que o mês é pequeno para tanta coisa que quero fazer :)

Aqui vão algumas sugestões:

Lisboa

Conto de Natal - Teatro da Luz (Sábado às 16h e Domingo às 11h).10€

Glum – O dia em que o Amor acabou - Estúdio Âmago (Sábado e Domingo às 16h). 10€

Mercado de Natal - Campo Pequeno. Das 11.30h às 21.30h - Gratuito

Floresta Mágica - Almada Fórum (podem ver tudo aqui) - Gratuito

Alice e o País das Maravilhas no Gelo – Alegro de Alfragide – Sábado às 15h e às 18h e Domingo às 11h, às 15h e 18h. 16,5€.

Junto, espectáculo para bebés – Teatro da Trindade – Domingo às 11h. 6€

Pai Natal no Zoo - Jardim Zoológico - Sábado e Domingo das 10h às 17.30h. 21€(bilhete normal do zoo)

Porto

Porto Christmas Village - Alfândega do Porto - Gratuito

Sessão natalícia de ginástica e interação com cães- Sábado das 10.30h. 8.5€

Camilo, Um Camelo na Selva - Fnac Gaia Shopping - Sábado às 11.30h. Gratuito


O que os olhos não vêem, coração não sente

29.11.18
Já passaram seis meses desde a última avaliação. Parece que foi ontem que recebemos a  boa notícia que o T tinha atingido os 100% de idade neurológica.

Mas os meses que se seguiram não foram fáceis, as férias grandes estragaram todo o ritmo de trabalho mas em contrapartida deram-lhe um crescimento e uma aprendizagem que jamais se ensinará através de técnicas terapêuticas, de métodos ou de livros.

O T cresceu de uma forma que eu nunca tinha visto até então.

Em Setembro retomámos tudo e o seu recomeço não foi fácil (para todos).

O T voltou à sua terapeuta de sempre a AF e isso só por si foi uma leveza na nossa vida mas embora não falte amor nestes dois, houve um trabalho que teve que ser feito, tiveram de se alinhar as agulhas novamente, foi quase como um reaprender de algumas técnicas que já estavam solidadas.

O seu crescimento intelectual tem feito com que ele resista mais aos exercícios, deixou de ser o bebé que fazia tudo para e tornou-se numa criança com vontade própria.

Não que repreenda a sua atitude pelo contrário mas esta personalidade mais desafiadora faz com que  alteremos as metas e objetivos a que nos tínhamos proposto para o semestre.

Sábado voltamos a fazer mais 300kms por algo que eu acreditei há quatro anos, mas pela primeira vez levo tranquilidade no coração, vou sem medos do que possa ouvir mas mais confiante com o que tenho em mãos.

Sei o quanto a AF se esforçou para voltar ao ritmo (que tinha sido deixado durante 6 meses) e tenho consciência de todas as estratégias que foram utilizadas para que tudo fosse comprido da melhor forma.

Não houve retrocessos mas sim caminhos desalinhados pelo meio, muitas birras pelo meio e acima de tudo muita calma no meio disto.

Tanta que a última frase do T é "Calma Pipa". Mas mais que as palavras é a forma como o diz. É impossível não chorar a rir com a expressão.

O sonho continua cá e sei que já falta pouco para olhar para trás e perceber que este foi o nosso melhor caminho.

Sábado fazemos as malas e arrancamos para uma avaliação que pode ter tanto de tudo como de nada mas tenho como certo que tenho o mais importante e que os meus olhos e coração serão sempre os melhores avaliadores.






Já vos disse que adoro vestidos?

28.11.18
Gosto mais de vestidos do que de calças mesmo com frio.

Este vestido, foi um daqueles amores à primeira vista. De linhas direitas, confortável e acima de tudo versátil.

A 2 Tons está com uma coleção muito gira e que vale a pena espreitar :)



Para o dias mais frios este casaco de cor neutra é perfeita e dá com todas as cores.
2 Tons 





De molho em (casa)

27.11.18
Comecei no Domingo por ficar doente e ontem foi a vez de o T também ficar.

Embora não estando a 100% tive de ganhar aquela força que só nós mães temos, respirei fundo, levantei-me e peguei nele ao colo, para que ele sentisse todo o aconchego que precisava.

A noite foi passada agarrada a ele, a controlar a febre. De manhã mais estável perguntei se queria ir à escola, ao qual respondeu que "não".

Saí para uma reunião que tinha e voltei assim que consegui, desde então que não saí mais do perto deles.

Confesso que me soube bem, tê-los só para mim, a um ritmo lento, sem grandes horários e obrigações.

Brincámos, dançamos, cantámos todo o tempo e sempre de pijama vestido.

O T melhorou relativamente e alinhou em todas as minhas brincadeiras.

Foi uma terça-feira a saber a Domingo e embora doente foi muito divertida.

Os pijamas do T e do FM são de uma marca nova, 100% portuguesa, de grande qualidade e que aposta no conforto.

E muito quentinhos.

São da Giotto e podem ver toda a coleção de homewear, underwear e de maternidade no site. E ao meteres o código tomasmyspecialbaby ganhas 10% de desconto imediato.

Mais uma ideia para o Natal :)




Pijama | Giotto



Floresta Mágica

23.11.18

Chegámos à altura mais mágica do ano.

As ruas e as casas enchem-se de luzes e os dias começam a ser curtos para tantos programas divertidos que esta quadra nos dá.

São passeios a respirar o ar frio e a ver todas as luzes que iluminam a cidade, é a carta ao Pai Natal, são os teatros, os carrosséis...tanta coisa....

Nós começamos o Natal da melhor forma e a fazer uma coisa que para os mais novos é a mais importante de todas: aproveitámos a chuva para ir entregar a carta ao Pai Natal e dar oficialmente as boas vindas à época natalícia, com a ajuda das atividades que o Almada Forum pensou especialmente para os mais pequeninos.




Fomos assistir ao primeiro de cinco concertos que vão estar no centro, o da Sónia Araújo. Foi o maior sucesso! O T dançou e bateu imensas palmas, já o FM embora muito atento e conquistado pela energia das canções nunca saiu do meu colo.




Depois foi vê-los a percorrer A Floresta Mágica, o parque de diversões onde brincaram e exploraram tudo ao máximo – andaram de Carrossel, de Comboio e tiveram oportunidade de ouvir contar, pela primeira vez, uma história com recurso a realidade virtual. Este ano o desafio do Gui, a mascote do shopping, é sensibilizar os mais novos para a importância da Natureza e por isso a história passa-se na Floresta e o resto vou deixar que descubram com os vossos pequeninos! Vão adorar!

Cuidadores Informais

22.11.18
Não sou cuidadora informal mas de certa forma consigo meter-me no lugar das mães, irmãs ou pais que o são.

Tratar e cuidar tem de ser uma opção, e não é pelo facto de não queremos institucionalizarmos que temos de ser penalizados pelo estado. A democracia é isto mesmo, é ter direito a escolher, sem quaisquer penalizações pela opção tomada.

Quem cuida não pode não ter dinheiro para sobreviver, não pode não ter carreira contributiva, não pode não ter período de descanso só porque decidiu optar por cuidar.

É urgente regulamentar o cuidador informal!

Felizmente não tive de dedicar-me a 100% ao T mas podia ter tido essa necessidade, contudo foi preciso fazer alterações a nível profissional. Atualmente trabalho, mas na empresa do meu pai, pois caso contrário não o conseguia fazer porque é preciso acompanhar nas terapias e isso a médio/longo prazo torna-se incompatível com um trabalho das 9h às 18h.

Também eu sofri as mudanças financeiras que essa decisão implicou.

Este é um assunto delicado, de grande complexidade e triste por isso não é falado, esconde-se no nosso tapete de casa mas é importante levar este assunto mais além.

Existem 800.000 cuidadores informais em Portugal a sofrer em casa por não terem dinheiro para darem ainda mais a quem cuidam, sem perspectivas de futuro e sem horas de descanso, onde trabalham 24 horas sob 24 horas por uma força maior.

E onde está o nosso estado? Será que ninguém vê que isso é desumano? Vai contra todos os diretos humanos!

Será que o estado não percebe que estes 800.000 cuidadores dão fortunas ao estado todos os anos? Pois são estas pessoas que retiram dos hospitais e das instituições as crianças e pessoas com limitações que lhes faz pouparem  milhões para os seus luxos??

É preciso que haja justiça social! É uma questão social e que merece ser levada mais além.

Não existe formação gratuita para os cuidadores aprenderem mais sobre as várias patologias de quem cuidam, o que é simplesmente vergonhoso.

É um facto que o AMOR vence tudo, é o motor familiar e da humanidade mas o amor não mete dinheiro na mesa!
Sem dinheiro não se consegue cuidar bem.

Apenas um ordenado (quando existe) é um desgaste financeiro que vai mais além que o amor. Ter a noção que não se consegue dar mais porque não há mais dinheiro que chegue é um desgaste psicológico que pode causar danos incalculáveis.

Se sujeitarmos o nosso filho a fazer apenas o que o estado dá, nunca veremos nenhuma melhoria! Pois uma única terapia por semana não faz nada! Nem tão pouco minimiza o "problema".
Temos de ser nós, de forma particular, sem ajudas investir em terapias para que consigamos ver essas melhorias que tantas vezes nos dizem que não "há nada a fazer".

Existem crianças a receber 108€ por mês, quando na verdade se tivessem institucionalizadas gastariam ao estado 10.000€ mês. É assustador pensar nestes valores!

Família

20.11.18
A família é a que escolhemos mas a que também nasce connosco.

E é essa família que nos define enquanto ser humano, que nos dá alento para crescer e nos dá as bases necessárias para enfrentar as batalhas da vida.

É nela que vamos buscar as forças que nos faltam vezes sem conta.

Quando nascemos já temos personalidade mas é na nossa educação e nos valores que nos são transmitidos que nos define enquanto ser humano.

O ingrediente principal é o AMOR, tudo o resto arranja-se de alguma forma.

É com esta base que quero que os meus filhos cresçam, que se sintam seguros nos meu braços, e que saibam que é na sua casa que vão encontrar o seu porto de abrigo para as tempestades da vida.

Se lhes dou colo a mais, se vou ao seu encontro assim que lhes caí as primeiras lágrimas ou se passo noites a olhar para eles é um problema que é meu, mas acima de tudo o que quero é que percebam que é nos meus braços que vão encontrar a segurança e o conforto que precisam.

Não podemos depositar na escola a responsabilidade de os educar e de os fazer crescer, essa missão é nossa e cabe a nós mostrar os alicerces do ser humano. A escola da vida começa em casa!

Serão sempre as suas bases que irão definir o seu caráter e seus valores num futuro.

Não tenho medo de lhes dar colo, muito menos amor aos molhos!

Hoje no dia do Pijama, o dia do direito de crescer numa família, cabe a nós explicar aos nossos filhos a palavra família e o quanto eles são privilegiados em poder crescer junto do pai, da mãe, dos irmãos, avós, tios...

Infelizmente existem muitas crianças que assim que nascem estão desprotegidos do mundo pois a base falta-lhes.

Hoje contribuímos com a nossa casinha e fomos de pijama para a escola com aquele conforto que só se ganha na nossa cama.

Um abraço do tamanho do mundo para todas estas crianças.








Sem parar

19.11.18

Tenho tido uma vida super complicada, em que os dias parecem perder-se nas 1001 tarefas. Há dias em que me desorientada com tanta coisa para fazer.

Passei o fim-de-semana a trabalhar e parece que esta semana que entrou começou meio desgovernada

Mas no meio de tanta coisa ainda consegui arranjar algum tempo para vos mostrar mais um look que adoro para esta estação.

O vestido e as botas são da Trendy Bazaar






Trendy Bazaar


Uma ida (divertida) ao médico

16.11.18

É com o maior orgulho que recebi o convite para ser madrinha do Hospital dos pequeninos.

É um projeto organizado pela Associação de Estudantes de Medicina de Lisboa e tem como objetivo reduzir a ansiedade que as crianças com idades entre os 3 e os 7 anos sentem quando confrontadas com os médicos. Por outro lado pretende-se que a nova geração médica utilize os seus conhecimentos para ajudar as crianças a perderem o medo da "bata branca" de uma forma lúdica.

Assim sendo este fim-de-semana podemos levar os nossos filhos com os seus bonecos preferidos ao "hospital" para que sejam tratados.

O filho dos nossos filhos vai passar por várias estações, como a triagem, consulta, análises, cirurgia, farmácia…) de forma a que este fique curado.

A entrada é gratuita. E vai realizar-se no Pavilhão do Conhecimento das 11h às 19h

Vai ser uma autêntica diversão!

Bom fim-de-semana :)

Vejam o vídeo para verem um pouco como vai ser





Acima de qualquer coisa é preciso respeitar e admirar!

15.11.18
Sou grata muito grata por ter um filho como o T. Não por ser meu filho mas porque foi ele quem me mostrou a verdadeira essência da vida, que me ensinou a valorizar o mais simples e à amar da forma mais pura que há.

São crianças com necessidades especiais, que lutam muito nas entre linhas da vida para serem vistos como adultos capazes no futuro.

Numa ida ao médico, um médico disse-me que são estas as crianças que fazem um mundo melhor e que mais merecem o nosso respeito porque são uns lutadores pois tudo é aprendido com "suor" enquanto as crianças ditas "normais" sentam-se, gatinham e andam por elas, nada lhes é ensinado, apenas nasce com elas.

O mesmo não acontece com as crianças com necessidades especiais pois estas lutam diariamente para alcançar coisas tão simples como o andar, o ler ou até mesmo encaixar objetos entre si.

Trabalham horas e horas a fio para chegarem ao nível das crianças que acordam a saber fazer.

São crianças que ao contrário de outras que caiem para o lado de tanto brincar, caiem por tanto terem trabalhado.

Nós mães em vez de os aproveitarmos num parque infantil, a vê-los correr, gritar e saltar, limitamo-nos a olhar para eles numa sala com quatro paredes cheias de estímulos, onde ali depositamos os nossos sonhos e os deles.

Habituamo-nos a viver no meio de uma carga horária tão grande que chega a deixar um adulto cansado só de ler.

São crianças que perante tudo isto não merecem que tenhamos pena mas sim um grande respeito e admiração por tamanha grandeza! Por aguentarem horas a fio e por lutarem de mãos dadas com os seus terapeutas e pais para se tornarem em adultos autónomos e aceites na sociedade.

É preciso olhar com respeito! Porque pena têm as galinhas :)







E o vencedor é...

13.11.18

A esta hora já estou na gala dos Blogs do Ano.

Não estou à espera de ganhar, confesso. A concorrência é forte e ainda para mais para mim que entrei nisto dos Blogs apenas para mostrar a realidade da Trissomia 21, sem qualquer objetivo comercial.

Jamais sonhava quatro anos depois estar ente os melhores mas fico orgulhosa com o feito até porque este mundo dos Blogs não é fácil de entrar nem tão pouco de permanecer.

É preciso muita dedicação, muito foco, algum sacrifício e acima de tudo nunca nos perdermos pelo vedetismo que isto possa envolver e do mundo cor de rosa que é passado tantas vezes.

Gosto de mostrar, o melhor de nós mas a nossa realidade enquanto família. Gosto de falar com cada pessoa que me aborda pessoalmente ou por mensagem, gosto de partilhar experiências e de ser voz de tanta família que passa por situações iguais ou idênticas às minhas.

Não sou mais nem menos do que vêm por aqui e é isto que quero até ao último dia que vos escreverei.

O caminho é longo e faz-se caminhando.

A esta hora ainda não sei quem ganhou mas podem acompanhar em directo através da TviPlayer.

Estarei gelada por dentro mas orgulhosa de mim por estar ali sentada.

Independentemente da vitória já ganhei e isso é o mais importante.

Vá para quem for o prémio será certamente bem merecido.

Obrigada a vocês, por todo o empenho em votarem, não me vou esquecer de todo o carrinho e de toda a movimentação criada para ganharmos, só por isso já valeu muita pena. Foram três semanas de diversão.

Até já


Trendy Bazaar

1001 tarefas

12.11.18
Da mesma forma que entramos nos meses mais mágicos do ano, entramos nos meses mais desafiantes, com mais trabalho, com mais projectos por concluir e com alguns já traçados para um novo ano que se avizinha ainda melhor que este que já está a terminar.

Tenho consciência que ando muito cansada, com um maior stress acumulado, com a certeza que nem sempre consigo dar tanto do tempo como desejava aos meus filhos.

Quando me perguntam o que faço, as resposta são sempre as mesmas, faço tanta coisa que não consigo definir numa única palavra pois até eu me vejo embrulhada nas minhas 1001 tarefas mas é certo que também não sei ser de outra forma. Sou feliz assim e isso é o que importa.

Já me habituei a ser assim mas tenho como certo que pode faltar tudo menos tempo para os meus filhos por isso gostei tanto desta T-Shirt da Trendy Bazaar. 

E com isto deixo-vos com um look super confortável e prático para tornar os vossos dias ainda mais simples.

A Trendy Bazzar além de ter um estilo muito descontraído, óptimo para a correria do dia a dia, tem T-shirts que só por si fazem um look.









T-Shirt | Trendy Bazzar
Blazer | Zara 


Botins | M Lovers 




Dia de Galochas

8.11.18
Não sou fã do frio, assumo-me uma friorenta do "pior" e embora saiba que a chuva é precisa é algo que não morro de amores.

E com filhos pequenos a chuva ainda atinge dimensões maiores pois toda a logística que envolve sair à rua com filhos a chover é algo digno de um filme de terror.

Contudo quando estou sem horas gosto que brinquem nas poças de água, que saltem, que se molhem, que sintam e que cheirem a terra molhada.

Mas para que tudo isso aconteça além de uns casacos quentinhos é preciso umas galochas!!





O ano passado já tinham feito furor aqui por casa, houve dias que foi difícil explicar-lhes que as galochas eram só para a chuva tal era o entusiasmo para as usarem.

Mãe é Mãe!

6.11.18
Felizmente não me posso queixar pois o pai dos meus filhos é um pai presente e preocupado mas conheço outros pais que não estão tão presentes no dia a dia dos seus filhos, muito pelo excesso do trabalho.

Mas o que é certo é que independentemente do pai estar presente ou não há coisas que nem sonham o que é preciso fazer e o que nós fazemos para tornar os dias mais leves.

Tomei essa consciência quando em tempos tomei a decisão que ía de férias para o Algarve só com um dos meus filhos (podem ler aqui).

Lembro-me de me ter sentado na mesa da sala e ter escrito folhas e folhas com recados e recadinhos, com tarefas e obrigações e foi aí que percebi que o papel de uma mãe é indispensável numa família e que somos nós que fazemos tudo acontecer.

Muitas delas são coisas simples, como uma medicação ou mesmo o material a levar para a escola mas é nessas pequenas coisas que se geram as grandes coisas.

O que é certo é que por mais ajudas que tenhamos dos nossos maridos, há coisas que só o coração de uma mãe sabe, talvez seja o instinto maternal a falar mais alto e que nos mete constantemente na linha da frente. Não sei...

Acredito  que o nosso cansaço venha daí e a falta de esquecimento (que o meu marido diz que ficou no bloco de partos há 4 anos) também. Todas estas preocupações sozinhas não representam nada mas juntas fazem a diferença para um bom funcionamento familiar.

Orgulhei-me de mim ao escrever cada tarefa, mas enchi-me de medo ao perceber que há coisas que são tão nossas e que por mais bilhetes que escrevamos nunca serão feitos da mesma forma, não que sejam feitos sem amor mas são feitos de forma diferente.

Mãe é mãe! Uma mãe será sempre uma mãe. É algo que nasce connosco!










Uma ida ao Zoo

4.11.18
O tempo não se previa dos melhores para grandes passeios por isso mudámos a nossa ida do Zoo de Domingo para Sábado pois era algo que já lhes tínhamos prometido a algum tempo.

Acordaram super felizes, desejosos de irem ver os leões, as girafas e golfinhos.

Casacos Malha | Chicco
Jardineiras | Zara
Ténis | Pés de Cereja





Chegámos cedo e saímos já tarde mas muito felizes! Almoçamos por lá e foi paródia do início ao fim.

Obrigada por acreditarem em nós!

2.11.18
A campanha eleitoral para os Blogs do Ano correu tão bem que voltámos a ser nomeados para a categoria "Melhor Blog de família" e como as coisas boas nunca vêm sozinhas também estamos nomeados para a "Melhor Página de Instagram para Famílias".

Uma vez mais começo por agradecer todo o carinho, e por estarem sempre desse lado. Estas nomeações só são possíveis graças a vocês, pois sem o vosso apoio, sem a a vossa curiosidade de quererem saber mais sobre a nossa família, sem o vosso tempo para nos ler, sem acreditarem em nós, nada seria possível.

Sozinhos não conseguíamos mostrar que a diferença está nos olhos de quem a quer ver.
Só com vocês é que conseguimos mudar mentalidades e sermos ainda mais felizes!!

Podem votar em nós até ao dia 11 de Novembro aqui!! 


Votem! Votem! Votem.... MUITO!!

*Por cada voto a Pumpkin oferece 5 centimos à causa preferida das famílias portuguesas!

Entretanto no dia 13 de Novembro vamos saber os resultados dos Blogs do Ano... torçam por nós!

Um beijinho nosso
Bom fim-de-semana



Parentalidade (In)consciente

1.11.18

Ama-me mais quando menos o mereço. É aí que mais preciso” 
(provérbio sueco) 

Sente-se num local calmo e pare um pouco. Feche os olhos. Preste atenção ao ar que entra e que sai pelo nariz. Permita-se esquecer de onde está, de como foi o dia, das tarefas que ainda tem de fazer. Sinta só a sua respiração. Imagine que os seus pensamentos são barcos num rio que corre. Deixe-os fluir. Não entre em nenhum desses barcos, não se apegue a nenhum pensamento. Entre em contacto consigo. Fique assim o tempo que desejar. Quando se sentir calmo/a, faça-se as seguintes perguntas: “Quais são as minhas intenções enquanto pai/mãe? Que tipo de pai/mãe quero ser para os meus filhos?”, “Em que momentos eu e os meus filhos somos felizes?”.
Se fizer sentido, registe num papel as respostas que surgiram e guarde-o num local acessível para que possa recordar sempre que quiser.

Sobre a Parentalidade (In)consciente

Passamos muito tempo da nossa vida em piloto automático. Entre as rotinas e o percurso casa - escola dos miúdos – trabalho - escola dos miúdos – futebol – natação – casa (na versão mais reduzida), achamos que sobra pouco tempo e energia para prestar atenção aos padrões de comportamento individuais e parentais, aprendidos ao longo da vida. Digo achamos, porque na verdade há sempre tempo.

Empurramos para debaixo do tapete, encontramos causas exteriores para justificar o que não está a correr tão bem nas nossas vidas e no comportamento das crianças que teima em não melhorar. As coisas lá vão andando, disfarçadas pela tomada da medicação que aumenta cada vez mais nos miúdos e nos graúdos.

As escolhas que fazemos (ou não fazemos) e os padrões comportamentais que mantemos têm consequências na nossa vida. No que diz respeito à parentalidade, a história repete-se e intensifica-se, tendo um impacto imediato na educação das crianças, na relação que se estabelece com os filhos e na formação da personalidade dos mesmos.

Cada um ensina aquilo que é, e mesmo que tente ser uma coisa que não é para os seus filhos, rapidamente eles vão sentir e perceber isso, o que terá um impacto negativo na relação que irão construir. Uma criança respeita e valoriza as pessoas que admira e que são congruentes entre o seu discurso e as suas ações. Isso transmite-lhes segurança e confiança, ingredientes determinantes para um desenvolvimento socio emocional saudável e para o estabelecimento de vínculos fortes e positivos.

Este caminho na tomada de consciência daquilo que se é enquanto pai/mãe de uma criança, está na base da parentalidade consciente. Este conceito, influenciado pelas teorias do vínculo e da autodeterminação descendentes da psicologia e pelos princípios do mindfulness (atenção plena), está muito mais ligado a perguntas do que a respostas. Assenta no questionamento sobre as crenças, ideias, hábitos, valores e comportamentos que aprendemos ao longo da vida e que muitas vezes integramos sem refletirmos sobre eles, perpetuando-se naquilo que transmitimos aos nossos filhos. Assim, “a parentalidade consciente é muito mais sobre desaprender do que sobre aprender”.

Em jeito de exemplo, vejamos as seguintes situações: A maioria das famílias, força as crianças a comerem sopa nas refeições porque para a sociedade isso é o certo. E se para o seu filho, esse momento da refeição for sempre uma situação de conflito e de tensão? Será que vale a pena insistir? Em vários países, as crianças não comem sopa à refeição, havendo outras formas de introduzir os legumes na alimentação das crianças.

Quando a criança rejeita dar dois beijinhos a pessoas que acaba de conhecer, isso é encarado por si com tranquilidade ou sente-se posto em causa relativamente à educação que dá aos seus filhos? Pense no que acontece consigo. Sente-se sempre confortável ao cumprimentar na face as pessoas que conhece? Provavelmente a resposta é não e com certeza que com algumas pessoas estende instintivamente a mão em vez de estender a cara.

Com as crianças é a mesma coisa.

A questão é que com as crianças, temos tendência para olhar para o comportamento e não para a sua causa. Recuemos um pouco à infância: quando os bebés choram, enquanto pai/mãe tenta perceber a origem do choro: se é fome, sono, se a fralda está suja, se está um ambiente demasiado barulhento, se há uma necessidade de aconchego, etc. Ao identificar a causa, tenta satisfazer as necessidades do bebé, acabando este por se acalmar e o choro termina. É assim que a conexão entre pais e filhos se constrói e se fortalece. Por esta altura, o seu foco são as necessidades do bebé e prevalece uma relação empática com o seu filho, colocando-se frequentemente no seu lugar e tentando responder às suas necessidades para que se sinta bem.

“A partir dos 18 meses, aproximadamente, a pergunta essencial deixa de ser o «porquê» e passa a ser o «como». A principal preocupação começa a ser a boa educação e não a curiosidade em perceber qual a necessidade insatisfeita que causa o comportamento.” (Ovén, Mikaela, 2015). É aqui que começa o fosso entre os pais e os filhos e grande parte das birras e conflitos surge devido a este desfasamento.

Assim, à medida que as crianças crescem, a tendência é para deixarmos de olhar tanto para a origem ou causa do comportamento e sim para o comportamento em si, que por norma é alvo de julgamento e de um castigo/consequência. A maioria dos pais foca-se mais em encontrar técnicas e estratégias para controlar ou castigar esse comportamento, do que em identificar as necessidades que não estão a ser atendidas e as emoções que estão por trás de determinado comportamento. 


É aqui que começa o fosso entre os pais e os filhos e grande parte das birras e conflitos surge devido a este desfasamento.