Desde que recebi aquele convite que contava religiosamente os dias para o grande dia, um pouco como as crianças para o Natal.
Trabalhei até às 16h e nesse dias bloqueie todos os compromissos, não havia mais nada que importava, a não ser o meu filho.
Era o dia dele e eu queria estar lá, não na terceira mas na primeira fila. E sim fiquei na primeira fila eu e mais a minha família.
A nossa família é como os "ciganos", vai tudo! Não há quem fique à espera de vídeos ou de fotografias, querem todos aplaudir o T de pé e não é pela sua trissomia mas sim porque a nossa forma de viver é assim, é como se fossemos um clã, um por todos e todos por um.
Assim que o vi entrar pelas portas o meu coração bateu de forma acelerada, fiquei mesmo a trás dele e aos poucos foi-se virando e começou a procurar por cada um de nós lá nos foi encontrando um a um.
Procurou por todos e todos estavam lá por ele! Acredito que isso deu-lhe a confiança necessária para que desempenhasse o seu papel na perfeição.
Quando subiu ao palco, de certa forma, eu também subi, era como se fosse eu que ali tivesse de mãos dadas e acredito que isso acontece com todas mães.
Eles estão ali a mostrar todo o seu esforço de dias e semanas de ensaios e é incrível como cada criança procurou em cima daquele palco a sua identidade e isso para mim foi emocionante ver, é sinal que as crianças têm necessidade de encontrar o seu porto seguro.
No fim o que importa é que sejamos nós a estar ali de mãos dadas e a viver todas estas emoções.
O T divertiu-se, sentiu a segurança necessária para desempenhar o melhor papel de Anjo e foi acima de tudo muito Feliz!!
E eu emocionei-me com cada sorriso e com todo o seu papel que foi mais que um simples anjo :)
Parabéns à escola que proporcionou a melhor festa de Natal aos pais e às nossas crianças.
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