Os filhos não salvam casamentos

31.1.19


A decisão da paternidade, quando feita em consciência, é o maior ato de coragem e de amor que alguém pode ter. É também a mais profunda oportunidade da vida para se visitar os lugares mais assustadores e mais bonitos do coração.

Quando nasce uma criança, nasce consigo uma mãe, um pai, um irmão (quando é o caso), toda uma nova família. O processo repete-se com cada criança que cada família recebe, pois as características das crianças, a experiência dos pais e o momento da vida do nascimento, tornam cada situação única.

Que mulher nasce numa mãe quando sente o seu bebé a crescer dentro de si e a depender de si para viver? O que sente o homem que deixa de ser o centro das atenções da mulher com quem escolheu partilhar a vida? O que acontece a uma relação que soma novos elementos à sua equação a dois?
Porque é que as pessoas têm filhos?

A resposta a esta questão tem sofrido algumas alterações ao longo do tempo, de acordo com a evolução da sociedade, da ciência e da industrialização. Se nas sociedades agrárias, as famílias tinham muitos filhos e a taxa de mortalidade infantil era muito elevada, ter vários filhos aumentava a probabilidade de alguns atingirem a maturidade e ajudarem as suas famílias no trabalho.

No que diz respeito aos tempos atuais, a perspetiva de ter filhos é vista de formas distintas. Nos Estados Unidos, foram estudados 600 casais nos primeiros 6 anos de casamento e a maioria via as crianças como uma necessidade de ter “uma verdadeira vida familiar”, como fonte de amor e afeto e como amortecedores contra a solidão. Contudo, também viam desvantagens na parentalidade: mudanças no estilo de vida, custos financeiros e problemas de carreira para as mulheres. Quase metade destes casais avaliaram outros valores – uma carreira satisfatória, tempo para estar com o cônjuge, dinheiro extra ou uma casa arrumada e ordenada – tão ou mais importantes do que ter filhos (Neal, Grout, & Wicks, 1989). Outro fator determinante é a continuidade da espécie e do código genético de cada indivíduo. 



A Mãe e o Pai

De acordo com Papalia, D., Olds, S.W., Feldman, R.D. (2001), a decisão, o momento e as circunstâncias da parentalidade podem ter vastas consequências para uma criança e para o respetivo casal. Se um nascimento foi planeado ou acidental, se a gravidez foi desejada ou não, a idade dos pais, o relacionamento do casal, as expetativas em relação à parentalidade, as condições socioeconómicas, etc.

Tratar de nós

30.1.19
A minha recuperação pós parto do FM (aqui) foi muito boa pois consegui perder todo o peso acumulado na gravidez e até atingi um peso inferior ao que estava.

E melhor que perder foi ter conseguido manter sempre o peso, sem oscilações mesmo quando fazia algumas extravagâncias.

E nesta gravidez quis ter um maior cuidado com o corpo mas sinto que por mais cuidados que tenha não me livro dos kilos a aparecer constantemente na balança.

Confesso que não me sinto obcecada com a balança e se há altura em que podemos pecar mais vezes é esta mas para tentar minimizar a mudança que o nosso corpo sofre optei por recorrer uma vez mais à InBeauty Clinic para fazer o LPG. Já tinha feito na minha recuperação pós parto e tinha tido óptimos resultados.

Questionei o meu médico sobre este tratamento e a resposta foi positiva por isso não perdi tempo em marcar as sessões de LPG para que consiga minimizar os "estragos" causados pela gravidez.

Kilos a mais já tenho mas se conseguir eliminar a gordura localizada, reduzir a celulite e dar firmeza à pele fantástico.





O LPG é feito no corpo todo mas por estar grávida só faço nas pernas e hoje experimentei no rosto que também adorei.

Ficamos com a pele do rosto mais firme, mais luminoso e com rugas menos atenuadas.





Este tratamento é 100% Natural e é uma técnica não invasiva.

Já senti alguma diferença e se tudo correr como o previsto irei fazer até ao dia que tiver o baby.

Aconselho e para que também possam experimentar este maravilhoso tratamento desafiei a responsável da clinica a fazer uma MEGA PROMOÇÃO PARA VOCÊS. Não se esqueçam de usar o código ibc193.








Uma gravidez é sempre única

29.1.19
Felizmente posso afirmar que todas as minhas gravidezes são Santas.

Daquelas boas que só se vê uma barriga a aumentar porque de resto não tenho nenhum mau estar, complicações, enjoos e afins.

Mas de todas as gravidezes esta está a ser a mais desafiante e mais diferente de todas.
  • Uma barriga a crescer a olhos vistos.
  • Comecei a sentir o bebé às  14 semanas ao contrário das outras que só comecei pelas 20 e 18 semanas.
  • Um menor cansaço que as outras, também não tenho hipótese que seja de outra forma.
  • Desejos que foi algo que nunca tinha tido e achava mesmo que era mito até ao dia que por volta das 3h da manhã deu-me uma vontade louca por maçãs verdes, ainda pensei em acordar o B mas sabia que era impossível satisfazer o meu pedido, o que é certo é que assim que as 8h da manhã bateram no meu telefone, obriguei-o a ir ao Pingo Doce comprar as tão desejadas maçãs. A minha sorte é que os meus desejos têm passado por maças e saladas e nos piores dias gelados.
  • Enjoei coca-cola, o cheiro a tabaco e frango assado. Só de sentir o cheiro ou pensar em frango fico nauseada.
  • Pela primeira tenho uma maior sensibilidade no peito.
  • E a pior parte são os kilos que já aumentei, não sei precisar quantos porque não me peso todos os dias. Aliás só me peso mesmo nas consultas para não me deprimir tanto. 
  • Confesso que sempre adorei estar grávida porque é a altura que me sinto mais bonita mas nesta acho mesmo que estou a grávida mais feia do planeta.
Todas as gravidezes tem a sua particularidade e esta está a ser engraçada porque está a ser completamente diferente das outras duas.

Sinto que nós aproveitamos a gravidez e tudo o que a envolve muito mais quando somos mães pela primeira vez, é tudo novidade, seguimos todos os conselhos religiosamente, lemos manuais de grávida como se tratasse da Bíblia e vivemos ao segundo para todos os pontapés. Já nas restantes gravidezes embora estejamos felizes na mesma, já sabemos tudo e vivemos de uma forma mais calma e consciente, além de que o nosso tempo para desfrutar da barriga é muito menor.

Mas apesar de todas as diferenças continuo a adorar estar grávida, é uma sensação única. Adorava viver este momento muito mais vezes mas saber que esta será a minha última deixa-me uma certa nostalgia e um sentimento meio agridoce.

Amanhã completo as 20 semanas e uma terceira gravidez implica que passe ainda mais rápido as 40 semanas.











A primeira noite fora

27.1.19
Foi na 5ªfeira que de uma forma indirecta o T mostrou a vontade de ir para casa da sua terapeuta.

Assim que chegou ao carro (da terapia) começou a chorar e a pedir para ir com a Pipa como carinhosamente lhe chama.

Nunca antes o tinha feito.

O que é certo é que eu e a F conversámos sobre essa vontade e ambas concordámos que no dia seguinte o T iria com ela passar a noite e o Sábado.

De manhã assim que acordou, segredei-lhe ao ouvido e contei-lhe que hoje dormia com a Pipa, aqueles olhos brilharam tanto que chegaram-me a ofuscar tal era o seu brilho.

Abriu o sorriso e disse-me que queria muito. Assim que me despedi disse-me que ia fazer "óó" à Pipa.

Apertei-o com força, dei-lhe um beijinho e disse-lhe para que se divertisse.

Assim que fechei a porta, o meu coração ficou apertado, não por falta de confiança, pelo contrário, mas porque custa-me sempre deixá-lo ir.

Era algo que queria muito e eu apenas lhe fiz a vontade. Por mais que me custe o T não é propriedade minha, é propriedade sua e merece voar sozinho e estar com pessoas que o façam feliz.

Pelos vídeos e fotografias que a F foi enviado deu para perceber que ele estava verdadeiramente feliz.

Sei que brincaram até à exaustão e que ambos se divertiram muito, foram a sobra um do outro todo o tempo.

Já passava das 23h e o T estava tão excitado de estar em casa da sua Pipa que não queria dormir e de manhã pelas 7h já andava a pé a pedir para ir passear.

O que é certo é que aproveitaram o bom tempo para desfrutar dos jardins, ele a Pipa e a sua cadela.

Estava radiante e o dia foi passado a correr atrás da Cacau (cadela da Pipa) entre várias brincadeiras.

Claro que na hora de sair sentou-se no jardim a chorar porque não queria vir embora.

Chegou a casa feliz  mas assim que percebeu que a Pipa ia sair voltou a vestir o casaco e os sapatos e só chamava por ela. Quando percebeu que ela já não estava chorou porque queria ir com ela.

Mas o cansaço era tal que adormeceu ao meu colo, sempre com a Pipa na ponta da lingua.

É incrível a relação destes dois, é das verdadeiras e das que já pouco se fabricam. Uma relação entre uma criança e uma terapeuta que passou o lado profissional para o pessoal de uma forma mágica.

Em que o T tem a perspicácia para perceber que a Pipa amiga é diferente da Pipa terapeuta.

Uma relação à base de confiança e de um amor único a destes dois e que assim seja para toda a vida.










Só o sorriso deles é que importa

24.1.19
Ainda a propósito do post de ontem...

Ter ganho mais tempo para os meus filhos deu-me uma maior paciência para alinhar nas suas brincadeiras.

Deixei de esperar pelo fim-de-semana para lhes dar uma maior liberdade de movimentos em casa.

E é certo que as crianças gostam de se divertir com as coisas que mais nos "chateiam", por eles passavam os dias de mãos sujas a pintar paredes, a brincar com água e a fazer casinhas com plasticina.

Tudo coisas que é preciso ter três olhos e que no dia a dia é muito difícil pois entre banhos e jantar pouco tempo sobra.

E foi aí que ganhei!!

Ao longo dia consigo ter tudo organizado de modo a que quando o T chegue eu esteja completamente livre para o ouvir e para me juntar às suas brincadeiras que muitas vezes nos levam à loucura.

Hoje, assim que os dois se juntaram quiseram brincar com tintas, que é só das coisas que mais e menos gosto simultaneamente. Gosto porque sinto que os faço verdadeiramente felizes mas ao mesmo tempo no fim da brincadeira temos de andar de esfregona na mão.

Após as tintas foram lavar as mãos e fizeram daquela casa de banho o festival da água, havia água por todo o lado, eu a conter-me para não ter um ataque de nervos, mas as gargalhadas de felicidade valem por tudo.

Confesso que não tenho o dom de brincar com os meus filhos, não consigo descer às idades deles e isso custa-me um pouco mas na realidade mais que brinquedos da patrulha pata, puzzles do Panda o que eles querem mesmo é brincar com coisas tão simples como tintas e água.

O truque para nós mães aguentarmos estas brincadeiras é vivermos apenas o momento, sem pensar em mais nada e deixámo-nos ir com a emoção deles, a casa limpa-se de seguida e as roupas lavam-se é só isto que importa.






Mãe a tempo inteiro

23.1.19
A vida dá muitas voltas e é certo que nunca sabemos ao certo como será o dia de amanhã.

Sempre ambicionei ser mãe a tempo inteiro e já vos tinha dito o quanto gostava mas infelizmente por questões financeiras nunca se proporcionou. As terapias do T são mais que muitas e se as quero manter não posso ficar sem o meu rendimento.

Contudo desde que a minha avó ficou doente que me vi obrigada, de um dia para o outro a ser mãe a tempo inteiro.

E por incrível que pareça todas os meus braços direitos (avó e mãe) foram-se como se de um piscar de olhos se tratasse.

Não foi fácil perceber que a partir daquele dia era só eu e o meu marido, mais ninguém...

Não havia ajudas, a minha avó que é quem cuida do FM deixou de o poder fazer por motivos de saúde (espero que fique boa rápido) e a minha mãe além de doente (também) precisa de ajudar no seu tempo livre a minha avó.

E foi assim que perdi estas ajudas que tornavam os meus dias mais simples e descomplicados.

Contudo a vida é feita de percalços e é neles que encontramos muitas vezes oportunidades. Tudo isto "obrigou-me" a ser mãe a tempo inteiro.

O FM tonou-se a minha melhor companhia e todo o tempo é passado com ele. Com este frio pouco temos saído de casa mas brincadeiras e muito mimo não têm faltado. Está a ser muito bom e gratificante estar mais tempo com o FM. Como o T está na escola o tempo que passo com ele é o mesmo que anteriormente.

Tem sido uma experiência rica como mãe, a criatividade que é preciso para entreter uma criança tem de ser mais que muita e aos poucos e poucos as ideias começam a faltar mas mais que brincadeiras o simples facto de estar no sofá embrulhados um no outro é o suficiente para nos sentirmos felizes.

Este meu tempo com a família tem-me dado mais do que retirado, comecei a ter tempo de qualidade para lhes preparar o jantar com calma, o meu stress e falta de paciência deixou de existir e os dias da semana passaram a serem tranquilos onde me consigo deitar com a sensação que dei o meu melhor aos meus filhos e à minha casa.

Perdi o meu tempo, os almoços independentes com as amigas e ao meu ritmo, perdi alguns compromissos profissionais mas ganhei uma tranquilidade superior a isto tudo. E se há coisa que não tem preço é esta.
Hoje sei que se precisar de fazer alguma coisa já não posso contar com a minha avó ou a minha mãe, tenho de me virar sozinha, deixei de ser a neta ou a filha e isso fez com que crescesse e amadurecesse ainda mais como mãe e pessoa.

Não vou mentir que não há dias que não sinto saudades de uma maior liberdade de movimentos e de sentir aquele apoio que está sempre a um passo de um piscar de olhos mas depois sinto uma paz de espírito tão grande que me esqueço logo de seguida dessa "liberdade".

Não sei quanto tempo estarei dedicada à família mas uma coisa tenho como certa irei aproveitar cada segundo ao máximo.





Combate às estrías de gravidez!

22.1.19
Não me considero uma grávida complicada pelo contrário.

E nesta gravidez ainda mais descomplicada sou, já sei o que devo e não fazer, as inseguranças típicas de mãe de primeira viagem dão lugar a uma maior segurança provocada pela experiência.

É só mais um novo mundo que se abre na minha vida e não um novo mundo para descobrir.

Mas há hábitos que não os quero perder, embora confesse que a paciência é completamente diferente da primeira gravidez.

Não tenho medo da transformação do meu corpo, faz parte do processo, é preciso aceitar as suas transformações por um bem maior.

Mas há cuidados a ter e com a pele e aqui é preciso ter um cuidado especial. Contudo é preciso aceitar que cada corpo é um corpo e que reage de forma diferente.

Tenho um especial cuidado com a prevenção das estrías e nunca descurei os cremes próprios para o efeito.

Nesta fase a nossa pele deve estar bem hidratada por isso é usar e abusar dos cremes de dia e de noite.

Eu não prescindo de os usar embora muitas vezes a preguiça esteja em grande escala.

Confesso que à noite é quando me custa mais pois quando chego à cama já estou tão cansada que a vontade é muito pouca ou nenhuma, umas vezes a preguiça ganha mas na maioria sou mais forte que ela.

Gosto especialmente da linha da Mustela pois é bastante completa, com o óleo, creme e o sérum para o busto, não é gorduroso o que podemos vestir-nos de seguida sem manchar a roupa e deixa um cheirinho muito agradável.

A aplicação deve ser feita da seguinte forma:

Barriga: Massajar suavemente em movimentos circulares à volta do umbigo, no sentido dos ponteiros do relógio

Maminhas: Espalhar o sérum e o creme entre as axilas e o esterno com suavidade.

Nágedas, ancas e coxas: Aplicar o creme de baixo para cima com movimentos firmes.

Felizmente nunca ganhei estrías com a gravidez e espero continuar para isso vou voltar a usar estes produtos durante e após a gravidez pois no pós parto estes cuidados continuam a ser muito importantes.

Entretanto a minha barriga continua a crescer tanto que ou pára ou acredito que arrebente quando tiver nas 40 semanas.














Os meus super Modelos

18.1.19
Ainda não tinha partilhado convosco o momento de  modelos dos meus filhos!!

O convite foi feito pela Exponoivos que fez 25 anos.

E objetivo do desfile era mostrar que não havia limitações para o amor e que o Amor é um sentimento tão forte que consegue ser transversal a qualquer diferença.

Este desfile teve como protagonistas pessoas com deficiência visual, pessoas com diferentes religiões, com problemas motores, manequins prestigiados e o T e o FM!!

Assim que recebi o convite disse que sim, gosto de lhes passar experiências e esta seria apena mais uma.

Vestiram-se de meninos de alianças e estavam mesmo engraçados com aquelas roupas que lhes davam um ar mais adulto.



O T estava super charmoso e o FM estava super engraçado numa roupa que se respirasse mais um pouco arrebentava.



Estava ali tudo coladinho e a chucha deu-lhe o ar da sua graça.



Tenho sempre algum receio que eles façam alguma birra ou que em cima da hora não queiram ir mas eles já provaram ser como a mãe uns loucos pela vida.

Desfilaram super bem e o T no fim achou mesmo que era a estrela do desfile e até quis desfilar sozinho.



Eu do outro lado fiquei emocionada ao ver os meus filhos a desfilarem super queridos.









A escuridão da Trissomia 21

17.1.19
Centrimagem Estúdio 

Foi uma fotografia tirada ao acaso enquanto me despia para a fotografia da barriga mas quando olhei para ela veio-me à cabeça a escuridão que envolve a Trissomia 21.

Uma fotografia que mostra de uma forma metafórica um caminho que começa por ser escuro mas que se transforma numa luz e alegria imensa.

É basicamente isso que cada mãe e pai sente ao receber a notícia que o seu filho tem Trissomia 21.

É um buraco escuro, onde nos falta a respiração de mergulhar tão fundo, onde nos sentimos tantas vezes sozinhos em busca de informações que são tão escassas (ainda) nos tempos de hoje.

É quase como um reencontro com o nosso verdadeiro eu, onde metemos tudo em causa e onde tantas vezes duvidamos de nós próprias.

Mas independentemente do buraco ser escuro e nos sentirmos perdidas temos nos braços o nosso filho, aquele em que depositamos sonhos e a nossa vida.

E é nesse caminho escuro que nos seguramos mutuamente, e juntos desbravamos esse caminho, passamos por pedras e pedregulhos como se fossem plumas e ao longe começamos a ver uma luz, luz essa que nos guia para um caminho imprevisível mas que nos transmite segurança.

E assim que chegamos a essa luz não a largamos mais, percebemos que perdemos muito tempo da nossa vida a chorar por algo que tem tanto de bom como de menos bom.
Percebemos que a vida é muito mais saborosa com pimenta e aprendemos a saborea-la.

E é essa mesma luz que continua a guiar-nos e chamar por nós e ao longe começamos a ver o nosso filho a desenvolver não com a mesma facilidade que uma criança dita "normal" mas desenvolver e isso é o mais importante.

O nosso filho começa a ganhar luz naquele buraco negro e percebemos que são crianças especiais não pelo cromossoma a mais mas pelo brilho que têm no olhar, pela força que nos transmitem e por um amor que chega a doer de tão forte que é.

É desta forma que vejo o meu filho, como um verdadeiro campeão, daqueles que luta muito para alcançar as pequenas vitórias da vida. É ele o meu herói e hoje posso afirmar que por detrás desta escuridão toda existe uma luz que nos irradia a vida de felicidade!

Centrimagem Estúdio 







Há 10 anos

16.1.19
Aproveitei o desafio que o Instagram lançou para ir ao baú ver como estava há 10 anos.

E como só me conhecem como mãe, vou mostrar-vos um pouco mais de mim.

Há 10 anos, já contava com mais 6 de namoro com o B.

Os dois sempre tivemos a certeza que seria um amor para a vida toda. Tivemos crises como todas as relações têm mas foram esses obstáculos que nos tornaram mais fortes.

Com 24 tinha acabado o curso e começava a aventurar-me no mundo do trabalho.

Vivia em casa dos meus pais e assim foi até ao dia que casei.

Era uma miúda feliz, com muitos sonhos mas o maior de todos era construir família com o B.

Longe de adivinhar que iria enfrentar um dos maiores desafios da minha vida mas 10 anos depois vivo o maior sonho da minha vida, com 2 filhos, cada um com a sua personalidade, com o seu jeito encantador e com outro bebé a caminho.

Com mais flacidez, celulite e menos peito.

Mas com mais experiência, com os amigos certos ao meu lado e com a melhor família do mundo, com uma maior certeza do que quero para a minha vida e ainda com muitos sonhos por concretizar.

Não fosse o sonho comandar a nossa vida!




Desejado mas não Planeado

15.1.19
O terceiro filho esteve sempre nos planos e foi sempre um desejo nosso.

Se havia certezas na minha vida era esta. Agora era uma questão apenas de tempo.

Confesso que a decisão do segundo filho foi mais rápida que desta. Engravidei do FM quando o T fez o seu primeiro ano de vida.

Deste baby já esperámos mais pois o FM não foi um bebé nada fácil, foi um bebé de muito colo, de noites mal dormidas e a nossa vida demorou praticamente dois anos a estabilizar.

Foram muitas as horas a embalar este baby pelos corredores da nossa casa durante a noite e a vontade de ter um terceiro filho foi um pouco adiada.

O que é certo é que quanto mais estável ficava a minha vida menos vontade tinha, não sei se seria o meu egoísmo a falar mais alto mas era isto que sentia.

No entretanto o marido que em tempos dizia que não queria, começou a dizer que queria e queria. Acho que insisti tanto que ficou com mais vontade do que eu. 

Em Junho decidimos que tirava o Diu e depois era quando fosse. Mas a vontade de ter menina era tão grande que me aventurei em mapas chineses e quase fiz um estudo intensivo às minhas amigas que tinham tido meninas para saber se havia algum segredo...

Cheguei à conclusão que o calendário chinês nem sempre acerta porque supostamente o T seria uma menina, quando percebi que não batia certo, desisti do calendário que já tinha feito.

Loucuras, à parte....

Depois ouvi dizer que se tivéssemos relações antes do dia da ovulação a probabilidade de ser menina era superior isto porque dizem que os meninos são mais rápidos a chegar ao óvulo e as meninas demoram mais um pouco.

Eu lá fui com esta teoria para o médico ao qual se riu e me respondeu que isso são "tretas" e que tudo não passava de probabilidades mas eu sou muito teimosa e levei a minha ideia à vante.

O meu marido achava que era louca, nunca me levou a sério por isso o momento a dois aconteceu sempre porque sim e sem estar planeado mas depois lá lhe dizia que ele estava a ser muito inconsciente porque não estávamos a seguir a minha aplicação que tinha no telefone.

Mas uma parte de mim não queria ter este peso, queria deixar as coisas fluirem com naturalidade, queria engravidar quando tivesse que ser, sem planear o mês do nascimento (que queria tudo menos voltar a ter um bebé de Verão por mais vantagens que tivesse) e o sexo por mais que desejasse uma menina.

Quando tirei o Diu lembro-me que fiquei nervosa, sabia que depois disso voltaria a ser mãe a qualquer momento. E perceber que este filho pode ser o último deixa-me triste, saber que nunca mais irei passar por estas emoções que envolvem ter um filho deixa-me emocionalmente triste.

Depois de ter tirado lembro-me de ter pensado, agora que seja o que Deus quiser, mas que venha a menina por favor que a minha casa não aguenta mais homens.

Entreguei tudo nas mãos de Deus e o controlo na aplicação foi relativo já que o marido estava sempre a boicotar o meu esquema.


À beira de um ataque de nervos

11.1.19
Há fins-de-semanas difíceis e depois existem uns caóticos como o que acabou de passar.

Embora tivesse o coração apertadinho por causa do FM, esperava-me um fim-de-semana sereno, sem preocupações e onde podia descansar em pleno.

Tudo planeando até, a minha avó ter sentido-se mal e ter ido para o hospital o que nos obrigou a mudar todos os planos de 6ªfeira pois o FM iria ficar com ela durante a tarde.

Depois do susto, reorganizamos tudo e esperava-me apenas repouso. Até que a minha mãe teve que se desdobrar em duas para ajudar os meus avós que se encontravam de cama e os meus filhos, um deles também doente e ainda foi uma querida que me fez todas as refeições para o B me levar.

Domingo, o meu avô sente-se pior e teve mesmo de ir para o hospital, a minha mãe é obrigada a ir também, deixando o T e o FM com o meu pai.

No meio disto tudo a minha mãe também fica doente.

Entretanto o B organizou tudo em casa e foi buscá-los assim que acordaram da sesta, viram-me e ficaram todos felizes e eu também.

Mas o caos no meu quarto demorou pouco tempo a instalar-se, desde água espalhada pelo chão, um tabuleiro partido e todos os seus brinquedos espalhados pelo chão do meu quarto foi uma questão de segundos.

O meu repouso tinha acabado.

Mas o ponto alto foi quando o FM chegou junto a mim e vomita a cama toda. Era vomitado pelo chão, tapetes e até as paredes não escaparam.

Aquela casa virou o pânico.

Hoje só de me lembrar riu-me ma ontem confesso que fiquei à beira de um ataque de nervos.

Entretanto hoje já saí da cama e está tudo a correr bem sem percalços.

Aos poucos e poucos vou retomando a minha vida (louca)

Obrigada pelas vossas mensagens queridas e companhia.

Uma boa semana




Dói mas no coração

11.1.19
A Amniocentese é uma técnica de diagnóstico pré-natal que serve para excluir possíveis anomalias cromossómicas, monogénicas e algumas infeções fetais.

É um exame delicado pelo seu risco e deve ser ponderado e perceber-se os motivos que nos levam a fazer tal exame.

É um exame com uma taxa de aborto de 0,5 a 1% pois é feita uma perfuração da bolsa de águas do feto. Não é doloroso fisicamente mas sim psicologicamente.

Quando a agulha espeta não se sente dor física mas sim uma dor enorme no coração pois sabemos que embora a agulha seja fina vai perfurar o local onde o nosso filho se encontra.

É vê-lo a ter o seu espaço quentinho invadido por um objeto estranho. E nós ficamos ali coladas ao écran a rezar para que ele não se mexa e que não se sinta esta violação ao seu espaço.

Foi uma decisão minha e sem qualquer indício de algo. Também o fiz com o FM e desta vez também não equacionei não fazer.

Aqui não é uma questão de aborto ou não, é uma questão de preparação para alguma eventualidade que surja no caminho.

Contudo tenho noção que tanta coisa pode acontecer naquele bloco de partos e que podem surgir tantas outras complicações mas aí deixo na mão de Deus.

Acima de tudo quero viver  uma gravidez em paz e saborear cada pontapé sem aquela sensação de  "e se?". Descobri a Trissomia do T no parto e sei o que é o mundo fugir-nos dos pés sem qualquer aviso prévio...

Sei tudo o que implicou esta minha decisão mas também é importante respeitar os motivos que levam uma mãe e um pai a tomar tal decisão.

É uma decisão pessoal e deve ser tomada em conjunto e com as certezas que tudo pode correr bem mas que também tudo pode correr mal. A taxa de aborto é pequena mas existe e isso não pode ser esquecido.

Tenho um buraco na minha bolsa, e tal como uma ferida ela tem de cicatrizar por ela, os tecidos devem unir-se por isso estou de repouso absoluto para que tudo se feche de uma forma natural.

O meu coração está tranquilo por este bebé mas inquieto por saber que tenho o FM ainda doente, a precisar do meu abraço, do meu colo e eu sem lhe poder dar.

Mas não havia forma de adiar a ameniocentese...

Expliquei-lhe que a mãe ia ter um "dói-dói" na barriga e que não podia estar com ele mas não sei se percebeu.

Custa-me sentir que não estou com ele quando ele tanto precisa de mim.

É isto que como mãe me custa tanto, é abdicar de um filho em prol de outro.

Podia não vos ter dito deste exame mas senti necessidade de o fazer porque sou umas mulher e mãe com tantas inseguranças e seguranças como vocês.

12 semanas 
Fotografia tirada pela Centrimagem Estúdio 



Fragilidades de mãe

10.1.19
Se tivesse que eleger o mais difícil em ser mãe seria a gestão de tempo com os nossos filhos.

Todos os nossos filhos são diferentes, todos com necessidades diferentes mas todos a precisar de nós a 100%.

Seja mãe de 2, 3, de 4 ou de 5 este será sempre o meu maior "drama". A minha maior fragilidade.

A vida corre de uma forma veloz, e há dias que deixamos de controlar. Temos de nos desdobrar em 1000 para que possamos estar presentes em tudo o que é preciso.

É enquanto crescem que querem sentir a nossa presença, o nosso toque, o nosso olhar, o nosso cheiro. É enquanto crescem que precisam de nós.

E quando somos mães de dois ou mais filhos muitas vezes torna-se difícil gerir todas estas necessidades e emoções que tantas vezes coincidem uns com outros.

O não poder estar nos dois lados ao mesmo tempo ainda é algo impossível e o que me deixa um sabor amargo pois é inevitável de não nos culpabilizarmos.

Eles fazem parte de nós e estão no meio de todas as nossas tarefas, são os nossos filhos e só querem a nossa presença.

O FM não melhorou o que nos obrigou a ir ao médico, mas a consulta coincidiu com as terapias do T, terapias essas que não dispenso acompanhar na primeira fila mas tive de optar...bem tentei arranjar forma de ir aos dois lugares mas era algo impossível de concretizar.

Da mesma forma que o T precisava de mim, o FM precisava ainda mais por isso ponderei e arranjei plano para o T ter as suas terapias e fui com o FM ao médico.

Estas escolhas por mais pequenas que sejam custam-nos sempre, o nosso coração fica sempre meio apertado por sabermos que para um ter o outro fica sem.

Mas isto também é crescimento, para eles e para nós.

E para quem ter perguntado o FM continua muito doente, está com gripe e ainda não saiu do meu colo desde 3ªfeira.






O poder de uma mãe

8.1.19
Custa tanto quando temos um filho doente, parece que deixamos de controlar para sermos nós os controlados por algo inexplicável.

O FM voltou a ficar doente. Estranho...porque ainda não está na escola mas como o irmão está acredito que traga todos os vírus e mais alguns cá para casa.

E por mais que queira é impossível controlar as trocas de chuchas e os beijinhos.

Mas é quando eles estão doentes que temos noção do quanto somos importantes para eles e o quanto eles precisam só de nós para se sentirem confortáveis e seguros.

Aqui não existe colo de pai, de avó comparativamente com o de mãe. Só querem o nosso e só se acalmam connosco.

E é nestas pequenas coisas que percebemos que eles são o nosso mundo mas que nós também somos o mundo deles.

Este tempo deixa qualquer pessoa doente, está muito frio, depois o sol muitas vezes engana e com isto começam as ficar doentes.

Para todas as mães que também têm os seus filhos doentes as rápidas melhoras!!


Amor à primeira vista

7.1.19
Aqui já grávida mas ainda com pouca barriga.

Este Jumpsuit foi como amor à primeira vista. Aliás tudo nesta marca para mim é amor à primeira vista.

Mahrla, é uma marca 100% portuguesa, de óptima qualidade e foi criada pela Sílvia, uma jovem cheia de pinta e com muito bom gosto! Cada coleção é uma perdição.

E para quem não conhece, aconselho a verem o site.






































































































Noites complicadas

3.1.19

20.30h - Acabei de deixar o T na sua cama a dormir. Ao contrário da nossa rotina foi para a cama muito mais cedo do que o normal.

Hoje ainda meio atordoado começou tudo outra vez, voltou às terapias e à escola e parece que já não estava habituado ao corre corre das suas tarefas.

Quando o fui buscar a terapeuta tinha-me dito que tinha sentido uma maior projeção da língua e alguma baba o que não é normal.

O que é certo é que comigo continuou com esse registo e ainda com muito choro à mistura.

Associei o seu choro ao cansaço e consequentemente antecipei o jantar e levei-o para cama.

No meio disto tudo a língua continuava muito projetada que é algo que me incomoda e que mexe comigo, tentei ignorar mas nem sempre é fácil.

Dei o jantar, entre teimosias, choros e desespero e frustrações (da minha parte) e aconcheguei-o a mim.

Senti que precisava de mim mais que nunca, mergulhei nos lençóis com ele e ali ficámos, sem choros e repreensões apenas mimo.

Meti de lado a minha exigência e a sua língua, respirei fundo e dei-lhe apenas o aconchego e a minha compreensão.

Adormeceu sereno e eu tranquila como mãe pois naquele momento fiz o melhor que soube.

Nem sempre é fácil eu sei mas hoje foi assim que o meu coração me indicou o caminho.

Com a certeza que o amanhã será melhor.



Resoluções para 2019

2.1.19
Acabaram as festas!

E os primeiros dias do ano são feitos de balanços e projecções para um futuro melhor.

Não tenho muitos objetivos, talvez porque sei que os que tenho já são de certa forma ambiciosos para mim e se chegar ao final do ano com eles cumpridos fico muito feliz.

O principal de todos é dedicar-me ainda mais à minha família, redefinir prioridades e perceber que sou apenas uma, com dois braços e duas pernas.
Este ano foi muito cansativo, foi um ano em que me dediquei muito ao Blog, em que trabalhei muito para conseguir atingir os objetivos propostos, em que acompanhei os meus filhos e onde geri a casa para que nada faltasse.

O que é certo é que a exigência foi tanta que dei por mim no último mês exausta psicologicamente, onde as forças começaram a faltar e onde comecei a perceber que estava a querer fazer tanto que acabava por não estar por inteiro em nenhuma delas.

A paciência começou a faltar com os meus filhos, comecei a esquecer-me constantemente de coisas e a cima de tudo fiquei sem forças. Acredito que a gravidez me tenha tirado bastante essa energia mas também sei que foi o acumular de responsabilidades que me deitou muito abaixo.

Contudo depois de muito refletir quero ter um ano mais calmo, quero dedicar-me ainda mais aos meus filhos, à casa, quero acompanhá-los, quero estar mais tempo de qualidade com os meus filhos e quero muito prepará-los para a mudança que mais um irmão implica.

Tenho 6 meses para lhes dar uma maior atenção porque sei que eles vão precisar.

Quero exigir menos de mim e deixar o tempo fluir mais, sem o peso de tantas tarefas.

Quero ainda passar mais tempo com as minha família, de preferência sem horários.

Quero rodear-me apenas de pessoas que me fazem bem e que me transmitem boa energia.

Quero passar menos tempo ao telefone, quero estabelecer horários para o usar, para que o meu cérebro também descanse das redes sociais que tanto tem de bom como de vazio e não quero de todo passar este exemplo aos meus filhos.

E por fim e jeito de contradição, quero dedicar-me a um novo projeto.

São estes os meus objetivos!

Fáceis para muitos, mas para mim ambiciosos.

Mas com força de vontade, saúde e amor tudo se consegue!

Bom Ano!!


Look | Mahrla