Não acredito, já cheguei ao 3ºtrimestre.

28.3.19
Hoje na consulta de rotina o médico perguntou-me "quantas semanas?" E eu 28. "Andreia acabou de entrar no terceiro trimestre.

Quando ouvi isso senti-me a ser engolida pelo tempo, como assim? Terceiro trimestre? Por instantes parecia que era mãe de primeira viagem.

Ainda ontem tinha descoberto que estava grávida...

Estou definitivamente a três meses de deixar esta barriga para sempre...

Confesso que senti uma tristeza a invadir-me o coração, ainda não tinha tomado consciência que só faltavam três meses para ter a nossa filha nos braços e passarmos assim oficialmente a uma família de 5.

Ao terceiro tudo é vivido de outra forma, com outro sabor e tranquilidade que uma primeira gravidez não nos dá mas em contrapartida o tempo acaba por ser ingrato pois passa de uma forma veloz.

Apenas queria congelar na memória cada pontapé e todas as emoções envolvidas nesta fase.

O que mais custa é admitir é que já não haverá mais uma próxima mas este dia alguma tinha de chegar.

Fotografia | Centrimagem 








A dificuldade em Educar

27.3.19
O maior desafio em ser mãe é o educar. Não é fácil e é feito de incertezas...

É assim que me sinto todos os dias com certezas e incertezas ao mesmo tempo. E à medida que vamos tendo mais filhos o grau de dificuldade vai aumentando porque embora passemos os mesmos valores cada filho é um filho e automaticamente as necessidades e comportamentos são diferentes.

As crianças são desafiadoras natas e estão sempre a testar os seus e os nossos limites. É esta uma das principais questões da maternidade.

Considero-me uma mãe flexível, que educa na base do amor, colo e mimo mas para mim o maior desafio é o "Não".

Não sou muito de explicações porque acredito que eles não entendem (quando ainda são muito pequeninos) pois na maioria apenas querem coisas porque sim.

Mas ver aqueles olhos a receber o não custa-me muito. Insistem, esperneiam muitas vezes e até já se atiram para o chão. Eu deixo, tento falar com uma voz calma para que eles sigam o exemplo e não entremos todos em curto circuito. E o que é certo é que se a birra não for valorizada eles acabam por esquecer.

Pelo menos aqui em casa tem resultado dessa forma.

Mas há dias em que essa calma (nossa) tão importante de ser preservada falta, ou porque o dia não nos correu tão bem ou simplesmente porque nos falta a paciência. E acabamos por gritar, por abrir guerras desnecessárias que nos tiram do sério.

Acredito que a tarefa mais difícil de sermos pais, não seja o controlar o comportamento dos nossos filhos, mas sim. controlar o nosso próprio.

É devastador para uma mãe quando sentimos que perdemos o controlo da situação, muitas vezes choram eles e choramos nós porque não queríamos ter gritado ou dado aquela palmada no rabo de fralda por mais insignificante que seja.

Não vejo nos castigos a salvação do problema porque não os considero muito eficazes e se os tivermos que deixá-los a refletir um pouco que não seja superior à sua idade em termos de minutos e nunca no quarto para que não associem o quarto a uma experiência negativa.

Para falar com eles sempre olhos nos olhos, nem que para isso tenha de me ajoelhar mas é importante que descemos ao seu tamanho e não criar aquela visão de autoritarismo.

É importante construirmos em conjunto com os nossos filhos uma relação de transparência, de compreensão, de amizade e de muito amor mesmo que para isso seja preciso muitas vezes repreender e dizer não.

O peso da educação é grande e sabemos que tudo o que fizermos de bom e de mau vai-se refletir no futuro dos nossos filhos por isso cabe a nós tentar moldar-nos, respirar fundo vezes sem fim, contornar as situações com brincadeiras e ouvir o nosso coração. Sem medos de errar porque afinal apenas somos humanos.






O peso do futuro

26.3.19
A Trissomia eleva um grande amor mas em contrapartida traz alguns receios, inseguranças num futuro que tantas vezes parece longínquo.

Não perco tempo em pensar no futuro porque acredito que o futuro só se faz com o presente mas este existe e ainda é meio "confuso".

Não duvido e sou convicta quando digo que o T vai ter a sua vida independente de nós e dos irmãos, vai ter a sua casa, os seus amigos, as suas namoradas e como mãe sonho com o dia em que o deixarei no altar para que seja ele a construir a sua própria família.

Mas no meio disto tudo existem entrelinhas, e é importante que sejam pensadas, questionadas e debatidas por uma sociedade que se diz sábia.

E em jeito contraditório, é engraçado ver pais a lutarem diariamente para que os filhos tenham um bom desenvolvimento, para que estejam aptos a integrar o ensino regular para depois chegarem ao mercado de trabalho e não encontrarem portas abertas. São dados como incapazes quando fazem tanto ou melhor que os demais.

E em jeito de desabafo é isto que me inquieta. Como é que um ser humano tem o direito de acabar com o sonho de alguém só pelo seu preconceito?

É duro mas ainda é a realidade do nosso país e de muitos outros.

E depois além de portas fechadas, há quem as abra mas sem qualquer remuneração como se fosse algo solidário.

E eu aqui fico "louca". Como é possível terem alguém a trabalhar a custo zero só porque tem um cromossoma a mais ou um atraso no desenvolvimento (por mais ligeiro que seja)?

Não precisa de ser CEO de uma empresa, gestor, engenheiro ou economista, mas uma empresa não se faz do Top bem pelo contrário faz-se de baixo para cima, sem os cargos inferiores os cargos superiores por mais inteligentes que sejam não brilham. É preciso uma empregada de limpeza porque sem ela no dia seguinte ninguém consegue estar no meio de tanto lixo, são precisas secretárias para que os compromissos sejam compridos, são precisos estafetas para que as encomendas que o marketing destina sejam entregues a quem de direito.

São todos válidos, todos merecem o respeito de todos e o ordenado no fim do mês. E o ordenado é apenas a troca pelo trabalho prestado durante o mês.

Agora porque é que uma pessoa com Trissomia 21 não recebe pelo seu trabalho? Para mim é simples se a pessoa não for capaz a desempenhar o papel não pode continuar porque as penas só existem nas galinhas. Agora se a pessoa é capaz, traz valor acrescentado à empresa porque não deve ser paga com o valor justo para a função?

Isto é algo que vai contra todos os direitos humanos...mas que ainda existe nas sociedades que se dizem modernas.

É esta exclusão que faz com que as pessoas com Trissomia 21 sejam vistas como pessoas incapazes e que ficam a cargo dos pais para sempre. Um "não" sem fundamento, só mesmo pelo preconceito pode deitar por terra o sonho de uma pessoa e de uma família inteira. Mostrando assim o sabor amargo do que é ser-se diferente.

Cabe a nós fazer deste mundo melhor e aceitar o ser humano tal como ele é. Tudo o resto são teorias.







Um amor que cresce e cresce

25.3.19

Quase a completar as 28 semanas e a sentir esta gravidez a fugir-me pelos dedos.

Uma gravidez santa, com pouco ou quase nada a apontar, à exceção dos kilos extra mas que a seu tempo logo se resolvem.

É a gravidez onde me sinto mais curiosa em saber como ela é, em ver os meus filhos a conhecer a irmã, e sentir os primeiros beijinhos deles para ela. A emoção de ver uma família crescer é algo indescritível.

Entre linhas existem medos, os medos associados ao parto, em querer voltar a ter outro parto normal, em voltar às noites mal dormidas e sentir que tudo nos foge do controlo.

Mas a chegada de um bebé é mesmo isto, uma aprendizagem mas um amor ainda maior.

Para quem pergunta diariamente sobre o nome da bebé, ainda não temos. Ter uma menina foi um desejo tão nosso que ficou sem nome. Coisas parvas...eu sei mas é a realidade.

Só sabemos que até agora temos um Top 3 mas ainda está tudo muito incerto.

Entretanto mostro este kimono da Viela que é bom para as grávidas porque se adapta à barriga e óptimo para a amamentação.

Boa semana







Look | Viela 

O Amor não conta Cromossomas

21.3.19

Hoje celebra-se o dia Internacional da Trissomia 21. Um dia que nos tempos de hoje já não deveria ser representativo mas ainda o é.

O T é muito mais que um cromossoma assim como todas as crianças que nascem com esta condição genética.

Não é bom, nem é mau. É normal!! Tem o seu "q" de dificuldade como tantas outras coisas na vida.

Mas infelizmente as questões físicas ainda limitam muito a igualdade de oportunidades.

Todas as crianças devem ter o direito à vida e ser felizes, tenham elas trissomia, autismo, sejam gordas, magras ou de cor.

Caminhamos para uma sociedade de igualdade mas cabe a nós fazer a diferença.

São as diferenças que enriquecem o ser humano e que fazem desta sociedade um mundo melhor.

Há um ano dei voz a muitas famílias com o lançamento de um livro pioneiro no mercado onde aborda a maternidade, a trissomia e o amor.

Hoje espero chegar ainda mais além com este vídeo de mães que mostram da forma mais simples e genuína o que é ter um filho com Trissomia 21.

Não sou eu que vos digo que é possível mas sim todas estas crianças que de certa forma mostram que o amor é mais que qualquer cromossoma extra.

Obrigada a todas as mães que alinharam comigo neste vídeo e que tornaram possível esta minha ideia.






Bons hábitos

20.3.19

Aproveitámos o bom tempo que se fez sentir no Sábado e formos ao passeio de família da Mimosa.

Era um passeio gratuito e para toda a família.

Foi uma manhã muito divertida e que transmitiu os bons hábitos como uma alimentação saudável e o exercício fisico.

Podíamos correr ou caminhar entre 2 km e 5 Km, nós optámos por caminhar e fazer apenas 2 Km porque mais importante que velocidade é que te movas.

Este passeio vai voltar em Outubro e vamos certamente voltar a participar mas dessa vez a 5.








Feliz Dia do Pai

19.3.19
Pai!

Aquele pilar imprescindível numa família. Existem mães que fazem de pai e de mãe e acredito que o façam da melhor forma possível mas pai é pai tal como mãe é mãe. São papéis diferentes e ambos tão importantes na vida de uma criança.

O pai por norma é o mais racional, o mais terra. Já a mãe é mais emocional e o ar que se respira numa casa.

Além de ter o melhor Pai do mundo, a quem recorro vezes sem conta durante o dia para uma opinião ou apenas para uma simples palavra é o meu exemplo, o meu herói, o melhor avô que podia ter para os meus filhos.

Tenho também o melhor Pai para os meus filhos. Não podia ter escolhido melhor. Temos aprendido os dois lado a lado o mundo da parentalidade. Rimos e choramos juntos.

E se eu sou mais emocional, das aventuras e das palhaçadas, o pai é o que mete a ordem quando tudo descamba mas que abraça e dá beijos vezes sem conta.

O tempo vai passando, a maturidade vai aumentando e tornou-se num pai extremoso, cuidadoso e muito atencioso.

É o pilar da nossa casa e sem ele não seríamos tão felizes e completos!

Obrigada Pai pelo teu amor incondicional e por cuidares de nós todos os dias de uma forma brilhante.

Feliz Dia do Pai!!








Não somos super mulheres!!

18.3.19
Tenho recebido muitas mensagens a perguntar como é que me consigo organizar entre casa, trabalho e filhos.

E o que vos posso dizer é que é preciso uma grande disciplina para não termos um ataque de nervos todos os dias.

Por natureza sou uma pessoa organizada e metódica por isso para mim gerir uma casa não é um caos embora haja dias em que também eu me sinta engolida pelas 1001 tarefas.

Vou dar-vos algumas dicas que resultam comigo e talvez vos ajude a organizarem mais o vosso dia a dia para que possam ter uma maior qualidade de vida.

Atualmente não estou a trabalhar e sei que não posso comparar os meus dias com as mães que trabalham e que já chegam a casa tantas vezes fora de horas contudo as diferenças não são muitas e confesso que agora que não trabalho ando mais desorganizada e com falta de tempo de quando trabalhava.

É tudo uma questão de organização e de foco!!
  • Estipulem dias para cada tarefa e não as queiram fazer todas num só dia.
  • Aproveitem o fim-de-semana para fazer uma ementa semanal e respetivas compras. Evitem os supermercados durante a semana (apenas para o pão).
  • Escrevam na agenda tudo o que têm de fazer e estabeleçam as prioridades mas não se deitem com coisas pendentes porque no dia seguinte vão ter ainda mais coisas para fazer e vai acumulando cada vez. É preferível deitarem-se um dia mais tarde para cumprirem a agenda do que todos os dias.
  • Se tiverem empregada, perfeito. Caso contrário escolham um dia para a limpeza e nos restantes dias mantenham a casa. Antes de dormir, mesmo que estejam em modo "zombie" façam o esforço de arrumar tudo e assim no dia seguinte é um novo dia, sem nada fora do sítio.
  • Não digam que não às ajudas. Não somos nem temos de ser super mulheres! Se tiverem quem vos ajude, nem que seja por cinco minutos, aproveitem! Vai fazer a diferença na hora de nos deitarmos.
  • Tenham o jantar sempre pré-cozinhado para que depois dos banhos seja tudo mais célere e ainda tenham tempo de qualidade com os vossos filhos. Nunca se esqueçam que mais vale cinco minutos de olhos e coração do que uma hora e ter a cabeça em todo o lado menos nos nossos filhos.
  • Escolham um dia para fazer as máquinas de roupa e outro para passar (caso não tenham quem vos passe a ferro).
  • Assim que os vossos filhos vão para a cama, preparem o dia seguinte e arrumem o que ficou fora do sítio e deitem-se!
  • O truque maior é deitarmo-nos sempre sem coisas pendentes, dormimos mais tranquilos e no dia seguinte começam do 0.
Estas regras são minhas. Fazem farte do meu dia a dia. Funcionam comigo perante a minha realidade mas espero que vos seja útil e que vos ajude a sentirem-se mais leves nos vossos dias.

Boa semana!!

Look | Trendy Bazzar



Sugestões para o dia do Pai

14.3.19
Gosto destes dias porque são motivo de festa, implica sempre um "miminho" extra, um passeio fora de rotina, um almoço ou um jantar diferente.

É assim que o gosto de celebrar e de viver.

Contudo não gosto da ideia que é só mais um dia para gastar dinheiro. Nestes dias especiais confesso que gosto de oferecer algo simbólico alusivo ao dia e não propriamente o último grito da moda.

São miminhos pensados com amor e junto da pessoa que é o mais importante.

Deixo-vos umas sugestões criativas e que qualquer Pai vai gostar. Um simples desenho pode encher o nosso coração :)

Estes dias são apenas motivo para mostrar o quanto somos importantes na vida uns dos outros.

1. Clube do menino. 2. Mime o seu bebé. 3. Chilli Baby. 4. Mime o seu bebé.  5. Guardanapos Renova (também podem personalizar com fotografias)



O desafio da Trissomia 21

13.3.19
Assim que veio a confirmação da Trissomia do T não perdi tempo a olhar para trás. O caminho era em frente e se eu queria que ele fosse visto como uma pessoa válida, com igualdade de oportunidades e que o aceitassem tal como ele é tinha de ir mais além.

Não podia deixar a natureza fazer o seu trabalho, tinha de agir, não hoje mas sim ontem.

Pesquisei muito sobre o que era a estimulação precoce, fui a médicos, especialistas e escolhi o que achei que ajudaria o T a potenciar o seu desenvolvimento.

Cada criança é uma criança e cada família é uma família. O que para nós resulta não quer dizer que resulte com outra família.

Por vezes é difícil escolher as terapias, é preciso testar, avançar e recuar vezes sem conta até nos sentirmos confiantes com a equipa que temos ao nosso lado.

Atualmente o T faz 6 terapias:

  • Terapia da Fala 
Tem como objetivo principal otimizar as capacidades de comunicação (verbal e não verbal) e ou/ de deglutição da pessoa ao longo da sua vida. 
  • Terapia Ocupacional
Vê a criança como um todo. Intervém para desenvolver competências, restaurar funções perdidas, prevenir disfunções e /ou compensar funções, através do uso de técnicas e procedimentos específicos e/ou da utilização de ajudas técnicas ou tecnologias de apoio.
  • Snoezelen
É uma sala equipada com materiais que permitem a estimulação sensorial. É um local composto por luzes, sons, cores, texturas e aromas.
  • Psicóloga Educacional
Tem como objetivo potenciar aprendizagens e a eliminação das barreiras que se interponham a estas. Intervém ao nível das várias do desenvolvimento: da aprendizagem, motivação, do comportamento e do desenvolvimento emocional
  • Método Gleen Doman 
É um método de estimulação intensivo que abrange as três áreas principais da criança: cognitivo, sensorial e motor.
  • Natação 
Ajuda no desenvolvimento motor, dando-lhe maior liberdade de movimento aliado sempre com a componente cognitiva.

A nossa alimentação

12.3.19
Confesso que pertencemos às "famílias básicas" no que respeita à alimentação.

No dia a dia não pode faltar sopa e como segundo prato vamos variando entre peixe ou carne.

Desde sempre que habituei o T e o FM a comerem sopa, o que é certo é que adoram! Gostam tanto que quando não há são os primeiros a questionar pela falta.

A sopa tem sempre como base a curgete e das raras vezes que ponho batata opto pela doce.

Na refeição principal só entram carnes brancas ou peixe do mar acompanhado com hidratos simples, tais como batata doce, couscous, arroz ou massa. Sendo que o eleito dos meus filhos é a massa. Por eles comiam sempre massa.

Não fosse a massinha de peixe o prato preferido deles.

Infelizmente não sou muito criativa na cozinha, não nasci com esse dom, daí na maioria das vezes recorrer a livros de culinária.

Ultimamente tenho feito muitas receitas do livro Papinhas da Xica e gosto muito pela praticidade de receitas que lá encontro.

Não sou adepta de modas na alimentação mas sinto que hoje não existe maior moda que esta, são as farinhas de aveia, de alfarroba, os biológicos, as massas de grão. Muitos ingredientes desconheço por completo e confesso que o celeiro para mim consegue ser um quebra cabeças porque nunca sei como usar aqueles pós ditos mágicos, farinhas e afins.

Talvez um dia vá fazer um workshop e me dedique a aprender mais sobre esta alimentação alternativa que está tanto em voga até lá vou continuar a primar por uma alimentação simples mas saudável.

Não duvido que façam bem mas a alimentação é daquelas coisas que temos de nos identificar e tem de vir de dentro e até à data considero-me feliz e de saúde com a comida  que se encontra nos supermercados e mercados.

Há coisas que adapto com frequência (mas nem sempre), por exemplo as natas normais pelas natas de soja, o leite de vaca por aveia ou amêndoa, as bolachas doces pelas bolachas de arroz.

Tanto compro papas (sem açucares adicionados) como as faço em casa. 

Evito ao máximo enlatados, à excepção do atum e alimentos processados.

De resto é uma alimentação super normal: legumes, fruta, saladas, peixe, carne branca, iogurtes, leite, queijos e pouco mais.

Em casa não existem sumos, bolachas e tudo o que acho que não é nutritivo e que contribui para as gordurinhas localizadas. Quando as queremos comemos fora de casa e assim vou evitando algumas vontades não saudáveis.

Contudo não sou fundamentalista, há dias onde entram em casa gomas, pizzas, carne vermelha e bolos. É tudo uma questão de bom senso.



Agarrar a vida de frente

11.3.19
Foi a semana mais dura da minha vida, a semana que jamais esquecerei e que estará sempre presente num cantinho do meu coração.

É duro passar pela perda de um pilar da nossa família mas ainda é mais duro ver pessoas que são como respiração para nós a quebrar pela sua fragilidade.

E por mais que sofras é preciso assumir comandos mesmo que as pernas te fraquejam no momento da verdade.

Ainda é tudo muito recente e a nossa vida aos poucos tem de voltar à normalidade.

Confesso que este fim-de-semana que passou gostava de ter hibernado como as tartarugas e ter ficado na minha concha isolada de todos e de tudo mas depois havia o T e o FM a precisar da mãe.

Eles ainda são muito pequeninos para dimensionar porque a mãe está triste. Com a força do B e com vontade de me agarrar à vida, olhei para eles e ganhei alento para viver o sol da melhor forma.

Não quis viver de coisas materiais mas sim de valor humano e foi nisso que me foquei.

Supermercado, petiscos rápidos, bicicletas, amigos e fomos ao jardim das Conchas saborear a liberdade ao ar livre.

Fizemos um piquenique, de toalha no chão, eles brincaram até não aguentarem mais e nós alimentamo-nos da vida que os nossos filhos nos transmitem.

Aproveitando o balanço de ontem, neste próximo Sábado vamos aproveitar o passeio da família Mimosa.

Um passeio que pode ser feito a correr ou caminhar, cheio de atividades e acima de tudo para vivermos em família da melhor forma.

Vai ser em Belém e a inscrição é gratuita, podem ver todas as informações aqui. 

Desejo-vos uma óptima semana :)


Look | Zara
Ténis | Pés de Cereja
Lenço cabeça | Head-Ji

A estrela mais brilhante

7.3.19
Tenho 35 anos e até hoje que me lembre nunca tinha vivido a morte tão de perto.

O meu avô, a minha estrela mais brilhante morreu durante esta noite.

Está a ser um início de ano muito atribulado, com várias idas ao hospital, muitas vezes a senti-lo a melhorar outras a ir-se aos poucos.

Eu a tentar segurar as peças que se teimavam em soltar nesta família com o meu positivismo que tanta vez chega a ser ridículo.

Arrisco em dizer que é das piores coisas para um ser humano assistir ao fim de um ente querido. Não é só a pessoa que morre, parte de nós também vai aos poucos.

É duro, muito duro...

Acreditei até ao fim mas de nada valeu. 

O meu avô, umas das pessoas mais importantes para mim. 

Dei-lhe a mão sempre, só para que sentisse o meu calor, e que de alguma forma acalmasse as suas dores.

Ficam as memórias. Foi com ele que aprendi que tratar as pessoas por você era feio e que não se dizia pá, porque não havia pá sem vassoura.

Hoje é um dia triste para nós e temo o dia em que os meus filhos me perguntem pelo avô Quim.

Nós cá ficaremos, a aguentar-nos, a tomar conta do nosso maior diamante a nossa avó.

Com a certeza que o céu hoje ficou mais rico.

Até sempre avô Quim.








8 dicas para ajudar os nossos filhos a lidarem com as emoções

6.3.19

Inteligência Emocional: Ouvir as Emoções

Numa sociedade que privilegia o conhecimento cognitivo, numa vida preenchida de compromissos, em ruído constante, há pouco tempo e espaço para olhar para as emoções. Saber identificar as emoções, os seus sinais e definir estratégias adaptativas e saudáveis para vivenciá-las, parece não ter sido uma prioridade do ser humano nos últimos tempos. E, como todos observamos, isso tem trazido as suas consequências. Basta olharmos à nossa volta e prestarmos atenção ao que se está a passar no mundo, investigarmos sobre os dados de consumo de drogas e medicamentos psicotrópicos, taxas de suicídio e de violência conjugal, observarmos o comportamento das pessoas enquanto estão no trânsito, nas filas do supermercado, onde a intolerância grita cada vez mais alto. E porque as crianças, são o reflexo daquilo que veem, podemos observar o que se está a passar com as nossas crianças e jovens, recorrendo cada vez mais a especialistas com sintomas de ansiedade, de depressão, a indisciplina nas escolas, as queixas de bullying e cyberbullying, demonstrando uma enorme dificuldade de criar empatia com os outros cada vez mais cedo.

As boas notícias são que no seu desenvolvimento, o ser humano possui as ferramentas necessárias para quebrar este padrão, caso seja estimulado nesse sentido.

Mostrar o que se se sente é para os fracos(?!)

Historicamente, o conhecimento das emoções foi sempre algo desvalorizado, pois as emoções eram vistas como algo a esconder, a reprimir, eram encaradas como um sinal de fraqueza. Pode dizer-se que têm havido bastantes evoluções no que diz respeito à alfabetização literal (através da escolarização), da alfabetização funcional (capacidade de utilizar os conhecimentos adquiridos, no sentido de se utilizarem as tecnologias e os processos que as sociedade modernas exigem), mas não tanto no que diz respeito à alfabetização emocional (capacidade de compreender e gerir as emoções). Já Charles Darwin, na sua obra, falou do papel das emoções para a sobrevivência e têm sido vários os autores a valorizar o papel das emoções. Foi Daniel Goleman, na década de 90 que nos fez refletir sobre a importância da inteligência emocional (aspetos como a motivação, auto controlo, gestão de emoções e empatia) para uma vida mais equilibrada e bem sucedida. Goleman, referiu que a inteligência cognitiva contribui em média entre 10 a 20% para o sucesso, sendo os restantes 80/90% atribuídos à inteligência emocional, dando alguns exemplos de líderes cujo QI era bastante elevado, contudo o seu QE estava pouco desenvolvido, verificando-se um impacto negativo na sua vida pessoal e profissional. Começou a questionar-se se ter boas notas ou conseguir resolver uma equação de um grau de dificuldade elevadíssimo, era realmente fator de sucesso e consequentemente, de felicidade e de bem estar?!

Embora a evolução da validação da importância das emoções, esteja a ser um processo lento, começa a haver um chamamento neste sentido, havendo cada vez mais pessoas a recorrer à psicoterapia, terapias alternativas, mindfulness, atividades de autoconhecimento, etc., procurando ajuda para fazer uma viagem dentro de si, dando-se a si mesmos a oportunidade de descobrir caminhos que estão fechados à muito tempo. As alterações dos referenciais do sistema educativo português também caminham neste sentido, prova é o perfil do aluno do seculo XXI, cujas competências lá mencionadas vão nesta direção.

O exprimir aos outros o que estamos a sentir, não é uma questão lamecha, como muitas pessoas ainda considera, mas uma questão de comunicação básica que nos permite interagir de forma adequada e saudável com os outros, evoluir e sobreviver emocional e fisicamente.

O que são emoções e qual o seu papel?

A palavra “emoção”, proveniente da palavra latina “emovere”, significa impulso que convida a atuar. Conforme a emoção que sente, o indivíduo, tenderá a agir de um determinado modo, numa dada altura (Moreira, 2001). A forma como recebemos a informação do meio, desencadeia uma emoção e uma interpretação dessa experiência. Por exemplo, quando recebemos um abraço da mãe, a emoção que sentimos poderá ser a de amor e calma, o que faz com que avaliemos essa situação como algo agradável para nós. A tomada dessa consciência, poderá fazer-nos ter vontade de repetir essa experiência com a mãe e com outras pessoas de quem gostamos. Por outro lado, o medo, poderá ajudar-nos a perceber que nem todas as pessoas são de confiança e que não devemos abraçar todas as pessoas. A mesma situação pode ser vivida de forma diferente por cada pessoa/criança.

Normalmente dividem-se as emoções em emoções positivas e negativas, atribuindo-se uma avaliação depreciativa às emoções como o medo, a raiva, a vergonha, a frustração, a tristeza, etc. Todavia, é importante explicar às crianças que todas as emoções são importantes e devem ser expressadas (de forma adequada), podendo umas ser agradáveis e outras desagradáveis. Quando colocamos as emoções numa escala de “boas” e “más”, as crianças irão tentar corresponder apenas às boas, tendo dificuldade em assumir as emoções “más”. Por outro lado, também se irão sentir “crianças boas” quando expressam emoções agradáveis e “crianças más” quando expressam emoções desagradáveis. Isto leva a que muitas vezes as crianças construam imagens erradas acerca de si próprias e que reprimam as emoções desagradáveis para não desiludir os pais ou figuras de referência, guardando tudo isso no seu inconsciente que depois se manifesta das mais diversas formas: descontrolo dos esfíncteres, desobediência, birras, desconcentração, desmotivação, ansiedade, depressão, entre outras.

 

As emoções poderão ter várias funções, destacando-se, entre outras:

😊 Sobrevivência – O bebé chora para que as suas necessidades básicas sejam satisfeitas, para que possa sobreviver. Cada emoção tem a sua função de sobrevivência: o medo ajuda a proteger-nos de situações perigosas, a raiva a identificar os nossos limites e a expressá-los aos outros, a alegria promove sensações de bem estar e de sentido à vida, a tristeza faz-nos desacelerar, e ajuda no recolhimento e introspeção, sendo muitas vezes o motor para mudar algo que precisa de ser mudado. As emoções funcionam como motor das nossas ações, e consequentemente na nossa motivação, sendo esta indispensável à sobrevivência.

😊 Personalidade – A forma como construímos o padrão de regulação das emoções, contribui para a formação da personalidade. Se a criança aprende a reprimir a emoção Amor, isso irá influenciar a sua personalidade na medida em que é mais ou menos carinhosa, mais ou menos disponível para o afeto.

😊 Ligação e confiança com os outros -Desde bebés, quando as nossas mensagens resultam numa resposta, a nossa ligação aos outos desenvolve-se. É no reconhecimento das suas emoções e dos outros, que a criança compreende o seu mundo interno e o do outro, é onde existe espaço para a empatia (colocar-se no lugar do outro) e para a construção de relacionamentos com base na confiança e na verdade. É através da segurança que a criança estabelece com o outro e com o mundo, que se irá desenvolver a sua autoconfiança.

Quando é que se desenvolvem as emoções?

Logo após o nascimento, os bebés revelam sinais de perturbação, interesse e repugnância. Nos meses seguintes, estas emoções primárias diferenciam-se em alegria, raiva, surpresa, tristeza, vergonha e medo. A emergência destas emoções parece ser guiada pelo “relógio” biológico da maturação do cérebro (Papalia, Olds, Feldman, 2001). O calendário emocional pode ser alterado por experiências ambientais extremas: crianças maltratadas demonstram medo vários meses antes de os outros bebés (Gaensbauer & Hiant, 1984). Emoções tais como a empatia, ciúme, embaraço, culpa e orgulho, emergem a partir do 2º/3º ano de vida, após o desenvolvimento da autoconsciência. Nesta faixa etária, com a tomada de consciência que “eu” sou uma pessoa, permite que as crianças reconheçam a existência do outro, as suas necessidades e sentimentos, ainda que não sejam ainda capazes de colocar as necessidades do outro em igualdade com as suas.

Um bebé quando nasce, sem conseguir falar, consegue exprimir a sua emoção, e quem é pai/mãe reconhece que, embora incomodativo, o choro é importante na identificação das necessidades dos bebés. O choro pode estar associado à fome, raiva ou frustração e normalmente, os pais, conseguem distinguir o tipo de choro. Com o desenvolvimento, as necessidades e as emoções começam a complexificar-se, contudo até completar cerca de 1/2 anos a criança, ainda não fala. Muitas são as vezes em que os pais desejam que as crianças comecem a falar para poderem dizer o que estão a sentir.

As crianças tendem a ter uma expressão das emoções muito maior do que os adultos, ainda que possa ser pouco adequada aos contextos em que está. Esta adequação desenvolve-se com a capacidade de autorregulação e autocontrolo da criança, que surge por volta dos 3 anos, e necessita de ser ensinada pelas figuras de referência da criança. O feedback que a criança recebe do exterior relativamente à forma como os pais lidam com as suas próprias emoções e a aprendizagem que faz sobre o que está a sentir são o primeiro passo para a regulação emocional.


Os meus Palhaços

1.3.19
E que comecem os festejos de Carnaval com toda a alegria que isso implica.

Confesso que não sou fã do Carnaval, não sou de me mascarar nem de ir a festas temáticas mas desde que fui mãe comecei a ver o Carnaval com outros olhos.

É a altura do ano em que os nossos filhos podem vestir-se das personagens que gostam, podem sonhar e divertir-se com serpentinas e balões de água.

Este ano vestiram-se de palhaços, e que dupla formaram.

A escolha da máscara é sempre difícil mas este ano achei que o fato de palhaços assentava-lhes como uma luva pois os palhaços são muito alegres tal como eles são.

Os fatos uma vez mais são da Partyval. Desde que conheci esta loja que nunca mais a deixei de eleger para a escolha dos fatos de Carnaval. Tem tudo, com os adequados números de crianças e com boa qualidade.

Assim que se vestiram encarnaram a personagem de tal forma que se transformaram nuns autênticos palhaços. Estavam mesmo felizes com os seus fatos.

Registei este momento hilariante no estúdio da Centrimagem e as fotografias falam por si, estavam mesmo felizes.

Até dia 5 de Março a sessão de Carnaval tem o valor de 9€. É um valor simbólico e ficam com uma recordação divertida dos vossos filhos.

Bom Carnaval :)







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