Há mães que querem sentir o parto, que querem viver todas as sensações mas há também quem morra de medo do parto e prefere optar por uma cesariana, mas comum a todas as mães é o desejo que os nossos filhos venham cheios de saúde.
Aqui não há o certo e errado, cada mãe tem a sua motivação.
Felizmente ou infelizmente tive duas experiências completamente diferentes e a terceira também não sei como vai ser.
Do T, rebentaram-me as águas enquanto dormia e o processo foi tudo muito natural, seguiram-se as contrações, uma dilatação progressiva, uma epidural que foi a minha melhor amiga e um parto santo, com um período expulsivo que durou cinco minutos.
Já do FM foi tudo ao contrário, as semanas passavam e não havia sinais de nascer, digo em jeito de brincadeira, que senão o tivessem obrigado a sair ainda estaria dentro de mim.
Foi induzido às 40 semanas, com todo um planeamento tenebroso, que nos dá margem para pensar em tudo o que pode correr bem e menos bem. Quando acordamos no dia sabemos para o que vamos e que a nossa casa nunca mais será a mesma, a porta fecha-se e o nosso coração treme.
Percorremos o caminho do hospital com o nosso coração nas mãos e quando chegamos tomamos um comprimido que vai obrigar o nosso filho a contrariar a natureza.
E é aqui que a indução mexe comigo, é forçar, é obrigar o nosso filho a nascer quando este ainda não estava preparado.
Todo o processo é anti natural, são os comprimidos que temos de tomar, são as contrações forçadas e monotorizadas por um CTG, são os toques sem fim para percebermos a evolução e é uma bolsa que é rompida com intenção de expulsar o nosso filho de vez do nosso T0 que tanto ambos gostamos.
É duro, pelo menos para mim foi. A nível emocional arrasa uma mulher por completo, mexe em todos os estadios emocionais.
Terminei numa cesariana porque ao fim do dia percebeu-se que tinha o cordão umbilical à volta do pescoço e que não tinha outra forma de sair.
É esta a minha experiência, enquanto mãe e mulher. Mas deu para perceber a diferença entre dois partos.
A natureza sabe o que faz mas muitas vezes o ser humano prefere sobrepor-se a ela e aí não sei até que ponto está tão cientificamente provado os seus benefícios.
O que é certo é que ainda hoje acho que o FM não estava preparado para nascer pois assim que me foi posto nos braços não saiu mais, nem no berço ficou.
Coincidência ou não foi esta a nossa realidade!
Contudo adoro o meu médico, e é nele em quem confio os meus filhos mas hoje sou uma mãe muito mais informada para saber o que quero e o que não quero.
Tenho a certeza que até às 41 semanas não haverá indução a não ser que seja prejudicial para a MC.
É esperar, é andar ainda mais do que já ando e torcer para que ela se decida a nascer sem pressões...
Até lá continuarei a adormecer sem a certeza de como será o dia de amanhã.
Look | BBme By Joana Teles Fotografia | Centrimagem |
Também tive uma indução quase às 42 semanas, pelo que sei ao que se refere.
ResponderEliminarPreferencialmente se não nascer até perto e ninguém estiver em risco ou sofrimento tentarei que não seja induzido.
Ainda sinto a sensação de que a miúda não estava pronta, mesmo perto das 42 semanas.
Concordo a 1000% com o que disse do parto induzido. Tenho um filho e só conheço esse metodo. Que para mim sempre foi o pior! Tinha tudo idealizado. Ansiava o momento de sentir algo e dizer "é agora". Tudo monitorizado, fios, cabos, soro, cateteres, e tudo o que queria era um parto o mais humanizado possivel. Passadas mais de 48h, 16 delas com as aguas ja rebentadas e a controlarem a oxigenação do bebé, ele lá saiu a ventosas (para "desumanizar" mais um bocadinho. A minha força ja nao era nenhuma e a epidural ja perdia o efeito e sem me puderem dar mais. O meu corpo cansado não aguentou mais e na explosão da placenta o utero nao contraiu. Com 21 anos, um filho muito desejado, um parto pior que um filme de terror e tenho tanta vontade quanto medo de ir ao segundo.
ResponderEliminarIsto nao serve para assustar gravidas. Serve para ajudar a dar voz! Falem, façam se ouvir, e não deixem que vos façam sofrer! Não à violência obstetrícia.
Obrigada pelo texto, concordo consigo. O meu primeiro filho nasceu quase com 42 semanas e teve que ser induzido porque não entro em trabalho de parto naturalmente, o segundo também o foi às 40 semanas. O meu maior medo não foi o parto e as dores, mas foi levar a epidural e por isso recusei levá-la. . Cada grávida tem os seus receios e cada parto tem a sua história. Como se diz em Portugal” que a sua hora seja pequena” e maravilhosa para a sua família.
ResponderEliminarPor aqui espera-se o segundo filho, também tive um FM por indução mas às 41s. Fazemos amanhã as 40 e nem uma contração! Há até médicos que aguardam até as 42 mas é necessário um seguimento muito próximo porque os riscos são maiores após as 41.
ResponderEliminarAcho que faz muito bem em aguardar até as 41, que fiquem o máximo que possam no T0 :)
É isso mesmo Andreia, cada parto é um parto. Tenho 3 filhos, os 3 nasceram de parto normal, sem indução. O 1o às 39 semanas (tão rápido que não tive tempo de levar epidural), 2o e 3o quase às 41 semanas e nunca tive 1 contração nos famosos CTGs q se fazem semanas antes. Os dois tb muito rápidos, mas aqui já com epidural (ufaaa). O 2o vinha com cordão à volta do pescoço, mas médico foi cortando; o 3o estava de cara para cima e o trabalho de parto a parar, mas o meu médico conseguiu vira-lo e num instante estava cá fora...
ResponderEliminarVai correr tudo bem com a MC! E desejo-lhe que tenha um parto tão rápido e fácil como os meus foram e como o do Tomás!!! ��
(Sónia Almeida)
Nascerá este fds?
ResponderEliminarÉ preciso que venha saudável e a hora seja pequenina. Beijinhos.