Quando o oxigénio falta

11.9.19
O FM é uma criança muito dependente da família. Preocupado em proteger o irmão de uma forma intuitiva e ao contrário do seu aspecto reguila (que é, e muito) é de uma meiguice extrema.

Sabia que a sua ida para a escola tinha tudo para correr bem mas também para correr mal. E ao segundo dia posso dizer que estamos no meio termo.

Começou a escola feliz, comportou-se lindamente, respeitou as regras e teve sempre atento a tudo o que se passava à sua volta.

Quando o fui buscar continuava feliz e hoje ao acordar não houveram dramas por ir para a escola. Com a sua timidez reguila foi ter com o professor e senti que ficou tranquilo.

Embora com o coração apertado fiquei bem pois senti-o igualmente bem. O pior aconteceu quando fui buscar o T (com o novo horário e por estar numa sala de cinco anos deixa de ter sesta e como isso iria comprometer o rendimento na terapia vou buscá-lo a seguir ao almoço para que possa descansar e depois leve-o à terapia).

Subi as escadas, tudo escuro ainda da sesta, e enquanto esperava para falar com o professor vejo uma criança a sair da sala em minha direcção a chorar, era o meu bebé grande! Mamã, Mamã, casa. Gelei e segurei aqueles 20kgs nos meus braços. Oh meu filho!

Ali sem ar, os dois, eu por o ver assim e o FM porque não queria ficar ali.

O professor disse-me que embora tivesse corrido tudo bem, hoje já tinha perguntado mais por mim.

Ontem não tinha lançado foguetes porque sei que há crianças que nos primeiros dias corre tudo bem e passado uns dias começam a chorar por irem. Por isso achei por bem dar tempo ao tempo sem grandes expetativas.

Vamos ver como corre! Amanhã é outro dia... Mas é certo que esta adaptação custa-nos imenso. Aqui não há quem sofre mais, sofremos os dois, cada um à sua medida.




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