A diferença é nos estímulos que temos de procurar diariamente para que potencie o seu desenvolvimento. São as terapias, são os investimentos que se fazem, são as brincadeiras um pouco pensadas. É como se fosse uma luta constante por algo invisível mas que aos poucos se torna visível para todos.
É acreditar mais, é viver de uma forma mais intensa e viver o presente sem a sombra do futuro.
E o futuro.... o que é isso do futuro? Saberemos nós o que é na realidade? Será que eu sei o futuro do FM ou da MC? Não, e não vivo atormentada com isso.
Quem me garante que não terei preocupações maiores com eles? A vida é feita do dia a dia, tal como quando construímos uma casa, de tijolo a tijolo.
Ter um filho com necessidades especiais é viver dessa forma, é sonhar e lutar ainda mais. É não deixar que um simples diagnóstico nos rotule e nos trace o destino.
Não seria sincera se vos dissesse
que não tenho medo, mas qual é a mãe que não tem medo? Tenho medos e muitos,
não sei se as minhas decisões são as mais acertadas ou se não lhe exijo de mais.
Existem dúvidas sobre os caminhos a tomar e sobre a educação.
Se penso no futuro? Pouco, muito pouco. Sei que o futuro é feito do presente e eu estou focada nele e não no dia de amanhã.
Quero que o meu filho seja autónomo, aceite na sociedade, que possa estudar sem ninguém duvidar, que possa andar livre de olhares indiscretos, que construa a sua própria família mas acima de tudo o que mais quero é que seja feliz!
Há dias que tornamos o impossível, possível, outros que apetece desistir mas depois fechamos os olhos e recusamos o futuro que a sociedade impõe aos nossos filhos.
Os medos existem, as preocupações também mas as vitórias essas são saboreadas até ficarmos sem saliva.
Ter um filho com necessidades especiais é isto, é viver intensamente, cheias de armas e de resiliência e de sonhos que nunca terão fim.
Vivemos uma vida (mais) intensa e no limiar de todas as emoções.
Mas somos muito Felizes!
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