O ano em que perdi o meu avô e ganhei a minha primeira (e última) filha.
O ano em que me senti vacilar muitas vezes, onde tive de segurar o meu porto seguro para que ele não entrasse numa depressão sem fim.
O ano em que vivi na primeira pessoa, a perda de alguém que foi tão importante na minha vida.
O ano em que a nossa família chorou, se vestiu de luto e nos unimos ainda mais.
O ano que abracei pela primeira vez a nossa filha. Que me deu um parto único, com uma beleza que vai para além do real e que me mostrou que para uma mãe existe sempre espaço para mais um.
O ano em que dei aos meus filhos o melhor presente de todos. Onde lhes senti a verdadeira emoção de receber mais um irmão. O ano que lhes dei riqueza!
O ano em que a nossa família aumentou, que entrou oficialmente para as numerosas, amadureceu mais um pouco mas que ditou que isto de um terceiro filho "é só mais um".
O ano em que me desencontrei de mim própria para viver o papel de mãe em pleno. Onde abdiquei do meu tempo, do meu corpo em prol da minha família.
O ano em que avancei com um dos projetos mais bem guardados, o Desenvolve-T. Onde a medo deitei tudo para o ar e abracei o projeto sem olhar para trás.
O ano em que batizei a minha filha e que se tornou numa das festas mais bonitas da nossa família.
O ano em que ganhei pessoas e perdi outras pelas ocasiões normais da vida.
O ano em que agradeci muito.
O ano que me deu vida e me tirou na mesma medida.
Adeus 2019. Apesar de me teres levado o meu avô, fui feliz contigo!
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