O (vício) bom da mama

19.2.20
Sou a favor da amamentação mas também não condeno quem não o seja.

A escolha de amamentar ou dar leite adaptado tem de ser uma escolha da mãe e não das pessoas que a rodeiam.

É uma escolha como tantas as outras.

O mesmo acontece com o desmame, só faz sentido enquanto a mãe e o bebé quiserem. Não temos que esforçar o momento porque este deve ser natural.

Do T amamentei até aos cinco meses e por alguma pressão da sociedade desmamei precocemente, sem eu sentir essa mesma necessidade. Do FM, já não me deixei levar pela pressão e amamentei até eu e ele querer, foram dois anos de muita maminha. E com a MC já vamos com setes meses de muita maminha.

Não tenho nenhuma meta porque para mim só faz sentido que seja até ambos quererem. É um momento nosso, desgastante por vezes (principalmente à noite) mas igualmente maravilhoso.

Gosto que ela procure a mama para se consolar porque a partir de uma certa altura é esta a função da mama.

Já vi bebés desmamarem com seis meses e com quatro anos e ambos estão certos. Aqui não existem fórmulas mágicas, a amamentação é tudo menos matemático. É variável, depende da mãe e do bebé.

Por isso sou a favor de ser até quando ambos se sentirem felizes! Com a certeza que nenhum filho meu mamará aos dezoito anos.

A amamentação continua a ser o alimento mais completo para os bebés e o que transmite um maior vinculo com o bebé, contudo não é quem dá mama que ama mais. O amor de uma mãe não se mede por leite materno. É apenas uma escolha no meio de tantas outras.

É dos assuntos que gere mais polémica por isso existe uma pressão tão grande para amamentar, também é dos testes mais difíceis de ultrapassar na maternidade pois são as dores, são as dúvidas, são as noites, as gretas e a pressão, tudo num só. É um caminho mas depois de estabelecido é só a melhor coisa do mundo.

É um vicio nosso e do bebé mas dos bons!












2 comentários:

  1. Que texto tão bom e descomplicado acerca de um assunto que gera tantos radicalismos. Senti-me "confortada" ao ler um texto de opinião que não condena nem ordena, coisa rara e difícil de encontrar nos dias de hoje.

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