Faz exatamente hoje uma semana que chegamos a esta casa, com malas e malas, eles super felizes e nós com um nó na garganta sem saber até quando iríamos cá ficar e como iríamos lidar com este isolamento social.
Não é fácil viver isolado das pessoas de quem gostamos e privadas de um passeio mais demorado, ou de uma simples ida ao supermercado livre de medos.
A agenda cheia deu lugar a uma agenda vazia, em que o dia é planeado dia a dia e ajustado às necessidades de cada um.
O B tem trabalhado a partir de casa e embora juntos estamos grande parte do dia separados. Tem sido uma experiência para todos, onde testa os nossos limites e que nos mostra o nosso lugar nesta nossa bolha, que se chama família.
É nas adversidades que nos ouvimos e acontecem as melhores coisas, é só preciso estar atento aos sinais e aproveitar.
Esta quarentena isolou-me do stress do dia a dia, da minha vida agitada que tantas vezes me roubava dos meus filhos e obrigou-me a respirar e a simplesmente estar.
De um momento para o outro tornei-me na mãe que sempre quis ser, a mãe presente, a mãe com uma maior dose de paciência, a que brinca, a que dá comer e a que adormece.
Eles estão mais felizes que nunca, não se aperceberam do que se está a passar. As birras acabaram, aquela agitação descontrolada de fim do dia também. Passaram a estar tranquilos e serenos.
E até a MC está diferente, começou a fazer sestas mais prolongadas e até as noites melhoraram consideravelmente.
Começou a rastejar, já percorre a casa toda e o que gosta mais de fazer é andar atrás de mim. E até começou a interessar-se mais pelos brinquedos.
Parece que aquele "abandono" (escrevi sobre isto aqui) que os bebés sentem nesta fase é mesmo verdade pois bastou uma maior disponibilidade da minha parte para ela se transformar numa bebé muito mais calma. Continua a gostar do meu colo mas já consegue passar tempo sem ele.
Estamos acima de tudo todos positivos e felizes por estarmos todos bem e em "segurança".
Embora com alguma vontade da normalidade, tenho a certeza que nunca fui tão isolada e tão feliz!
Desejo que o vosso isolamento esteja a correr da melhor forma possível. Fiquem em casa! Protejam-se e pensem positivo porque isto quando acabar estaremos todos muito mais fortes, de carteira vazia mas de alma lavada certamente.
Por aqui tb em quarentena há uma semana, duas meninas uma de 15 e outra de 7, a de 7 é que quer mais conpanhia e trouxe muitos trabalhos da escola para fazer. Temos gerido o tempo de manhã escola à tarde brincadeira, dentro do possível está calmo, eu é que não estava habituada a uma vida de casa mas tem de ser. O marido ainda continua a sair para trabalhar. Tb temos quintal que ajuda muito para as brincadeiras. No fim vamos todos ficar bem. Juntos somos mais fortes.��
ResponderEliminarGostei muito de conhecer a tua familia e em especial ao Thomas. Sou da Venezuela, mas agora moro en Madeira. Tenho uma irma com Trisonomia 21, ela ja tem 47 anos, doi a minha irma mais pequena. Posso afirmar que foi e è ainda hoje, para todos nos uma grande bendi¿ao do ceu. O meu portugues nao e muito bom. Felicidades. ah e melhor que podeste fazer foi ter mais filhos, vao ser para o Tomas os melhores amigos do mundo
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