Seis meses depois do dia em que entrei na escola bombardeada pelas notícias dos últimos acontecimentos, invadida de pensamentos e baralhada com o nosso futuro.
Em que me dirigi à sua sala e lhe trouxe tudo, com a certeza que não sabia como e em que circunstâncias voltaríamos.
Volta a vestir a sua bata e voltei a leva-lo de mãos dadas para a escola.
Mas com a certeza que pelo meio nunca fomos tão felizes, em que nos demos tanto um ao outro e que tivemos a maior oportunidade que a vida nos podia dar: Tempo!
Olho para trás e recordo com nostalgia todos aqueles meses em que nos fechamos em casa, as nossas brincadeiras e o meu olhar com tempo para admirar as suas brincadeiras.
Não esquecendo que foram tempos de adaptação, de resiliência e de um esforço acrescido para todos pois fomos obrigados a desempenhar o papel de professores aos nossos filhos, mesmo quando a nossa vocação não era essa.
Foi duro mas não mudaria uma virgula!
No fim de tudo, fomos felizes e isso é o que importa.
Hoje voltas-te a sair das minhas asas, o teu olhar apreensivo pelo desconhecido deixa-me inquieta. Mas tu precisas do teu tempo, e eu do meu. A nossa casa precisa de respirar.
Precisamos todos de nos reorganizarmos e voltarmos às nossas rotinas.
Não tenhas medo, pois da forma que esperas por mim eu conto os minutos para te ir buscar.
Agora voa! Ri, brinca (muito) e sê feliz! Porque a mãe estará sempre de braços abertos para te receber.
O meu bebé grande.
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