Numa altura em que as sociedades são padronizadas, em que se vive para se ser igual aos demais. Em que metade cria e a outra emita. Muitas crianças nascem para contrariar o padrão.
É quase como um grito, em que o bom não é ser igual mas sim igual a si próprio.
Deve-se saber viver em sociedade, pelo respeito, por uma maior empatia e amor pelo próximo mas isso não implica que se perca autenticidade.
Não penso muito no futuro, porque não me faz bem, não quero acordar os meus medos adormecidos. Não sei se é o melhor mas é o que me faz viver feliz por isso para mim está tudo bem.
Não sei como será o futuro do Tomás mas sei o que quero para o seu presente e é neste sentido que todos os dias movo o mundo, para lhe dar todas as ferramentas necessárias para que no futuro consiga construir o seu próprio caminho, com confiança nele próprio e sem inseguranças maiores.
Todos os dias é uma contagem decrescente para a adolescência. Onde deixará de ter piada por ser criança e onde terá de provar o seu lugar junto do seu grupo. Onde a mãe deixará de estar na retaguarda e ele terá de assumir o comando da sua vida.
A mim não terá de provar nada porque sei o seu valor, mas terá de provar que merece ser olhado de igual. Vai dar trabalho, vai, mas vai valer (tanto) a pena. Porque afinal de tudo, "se és capaz de fazer és capaz de fazer".
Chorarei várias vezes as suas angústias, limparei as suas lágrimas, mas sei que ele será capaz de vencer. Vai haver quem gozará mas também quem dará a mão.
O Bullying pode ou não fazer parte dos nossos dias, não sei, mas também não quero pensar muito nisso.
As conversas na altura chegarão e algumas vezes as palavras faltarão mas chegará o dia em que lhe vou segurar o rosto com as mãos, que o aconchegaram no seu primeiro choro, e lhe direi "És especial demais para seres igual aos outros".
Boneca | Ufalufa |
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