Atrás de uma grande mulher, está sempre um grande Homem!

31.1.21

A logística de ter um filho ou ter três ou mais é completamente diferente. 

E quando a médica disse-me olhos nos olhos que não bastava ter o marido da retaguarda, que era preciso mais alguém porque eu necessitava mesmo de estar de repouso, não hesitei em lhe dizer para não se preocupar que nós íamos assegurar tudo para eu conseguir repousar conforme exigido.

E embora tenhamos muitas ajudas dos meus pais, não nos podemos esquecer que os filhos são responsabilidade unicamente nossa e foi assim que encarei estes dias "árduos".

Sabíamos que não seria fácil, ainda para mais com um confinamento à porta. No dia orientei tudo o que estava ao meu alcance para ajudar e depois tive mesmo de virar costas.

Estes dias foram a prova de fogo, e se eu já admirava o meu marido e o pai que era, hoje sinto-me a mulher mais sortuda do mundo.

Sozinho deu colo, brincou e cuidou dos três filhos de uma forma irrepreensível. Esteve sempre preocupado com o meu bem estar e garantiu que nada me faltasse.

Senti no seu rosto a exaustão que foi pois os nossos filhos ainda são todos muito pequeninos e exigem ainda muito de nós a todos os níveis.

Não adora a aparecer, e vocês sabem disso, mas eu apenas sou o rosto da minha família, sem ele nunca poderia ser a mãe nem a mulher que sou.

É ele na retaguarda, que me atura nos maus momentos, que me olha nos olhos e me conforta com a palavra certa, que me acalma e que mostra tantas vezes o caminho.

E se ele não existisse, a nossa família não existia!

Hoje este post é para ele, porque merece e porque levou uma casa às costas de uma forma brilhante e que me orgulhou a cada minuto destas 48 horas sem fim.

É caso para dizer que atrás de uma grande mulher, está sempre um grande Homem!

A ti meu grande amor, obrigada! 






A dor no coração

29.1.21

Precisamente dois anos depois volto a deitar-me numa marquesa de hospital para arriscar uma vez mais a vida do meu bebé, mas depois da surpresa do Tomás, nunca mais quis conviver com esse medo até ao parto.

É uma decisão exclusivamente da nossa família, em concordância, com o meu médico que confio a 200%. E embora não tenha indícios de nada, tenho um antecedente de um filho com uma anomalia genética e uma idade já considerada de risco.

É a minha terceira amniocentese, e embora hoje estivesse tranquila e achasse que a experiência já me tinha dado a serenidade precisa, quando a hora se aproximou o coração começou a palpitar.

Ainda para mais, atendendo ao panorama nacional, ter que atravessar este momento sozinha custa muito. Não senti que necessitasse das palavras do meu marido naquele momento, mas faltou-me o seu olhar e a sua mão, que tem o dom sempre de me acalmar, mesmo que o seu coração esteja a explodir de nervos.

Atravessar este caminho sozinha é difícil e angustiante. E atendendo à pandemia, e para que a família não corra riscos maiores, eles que eram para estar em casa dos avós, ficaram connosco, e quando cheguei casa tinha-os à minha espera, ao longe disse-lhes que a mãe tinha de se ir deitar e que tinha um dói dói na barriga.

Custa senti-los à porta, sem que me possam tocar. Custa ainda mais saber que o meu marido vai ter de comandar a casa e os filhos nesta minha ausência em pleno confinamento.

Uma amniocentes é um processo invasivo que poucas dores físicas nos dá, mas aquela agulha tão fininha espeta no nosso coração de uma forma abrupta. E embora hoje em dia os riscos sejam pequenos, é difícil gerir este medo pois existe sempre aquele 0,5 a 1% de aborto.

Deve ser uma decisão exclusiva dos pais e é importante que se perceba que não existe o certo ou o errado porque vai depender sempre das motivações de cada família.

Tenho um buraco pequenino na minha barriga, que vai ter de fechar por si, por isso vou ter de ficar de repouso nestes próximos dias.

Vestido | Ld Clothes 




A felicidade depende de nós

28.1.21

13 Dias no nosso paraíso... que chegaram ao fim.

No inicio não foi fácil aceitar a nova realidade do nosso país, mais assustador foi ainda ver os números a subir de uma forma descontrolada e nunca vista.

E de um dia (quase) para o outro a realidade de Itália tinha-se tornado a nossa.

Foi ali que nos refugiamos destes tempos incertos, com pouca coisa, porque não estávamos preparados para tal, mas fizemos a nossa vida da melhor forma possível.

Não houveram atividades programadas, nem tão pouco educacionais. Desliguei, porque senti que precisava de tempo para me reorganizar e aceitar que uma vez mais os meus filhos iam ficar sem escola e e que nós pais tínhamos de nos desdobrar em mil e uma tarefas.

Houveram acima de tudo brincadeiras livres, beijos e abraços, bolos à mesa, panquecas, pizzas feitas por nós e um cheirinho a pinhal que nos tranquilizava naqueles dias mais tristes.

Não está fácil, mas acredito que não esteja a ser fácil para ninguém! 

Infelizmente por razões, profissionais e algumas pessoais tivemos de regressar a Lisboa. E ao contrário do outro confinamento vai ser aqui que vamos permanecer, pelo menos até "conseguirmos". Gerir um negócio presencial, um teletrabalho, duas telescolas e uma casa não vai ser fácil, mas o que tem de ser tem muita força e assim será.

Para trás ficaram dias difíceis, algumas lágrimas nas entre linhas da vida mas também bons momentos.

Sei que tiveram o mais importante nestes dias e isso é o mais importante.

Acontecimentos são acontecimentos. Não são alegres nem tristes . O significado que lhes damos é que podem ser alegres ou tristes.

E acreditem que aqui nesta casa, existe um caos diário e acredito que na vossa casa também.

Escolham ser felizes no meio desta adversidade.




Menino ou Menina?

26.1.21

Das perguntas que mais me fazem mas que consigo perceber pela curiosidade que um novo bebé dá...

E se há seis anos me perguntassem se não queria saber o sexo, a minha resposta seria um Não, redondo! 

Sou pragmática por natureza por isso gosto de tudo muito organizado... mas entretanto vamos amadurecendo, e o nosso certo no passado torna-se incerto no nosso futuro.

Tenho dois meninos e só eu sei o quanto desejava uma menina, ao ponto de perceber que estava a ficar tão ansiosa que tive de mandar o meu desejo para trás das costas e racionalizar, porque sentia que aquilo já não me estava a fazer bem.

O que é certo é que à terceira conseguimos a tão desejada menina. E foi com uma imensa felicidade que recebi a notícia mas ao mesmo tempo, tive um medo avassalador, por não saber ser mãe de menina e na porta do gabinete médico, temi não conseguir viver num mundo cor de rosa.

É sabido que são mundos opostos, os meninos são muito nossos e vêm-nos como as rainhas das suas vidas. São mais físicos é certo mas que contrastam com uma meiguice fora de série.

Já o mundo cor de rosa, é uma grande aventura! São meninas, com um feitio mais apurado, senhoras do seu nariz, muito nossas também mas que nos fazem ver que além de nós também existe um rei.

O mundo delas é mais bonito, é de fantasia e remete-nos para a nossa infância.

E eu sou uma privilegiada por ter estes dois lados, são opostos mas que se completam entre si. 

Agora ao quarto filho, não existem preferências! Serei tanto feliz por voltar a abraçar um menino como abraçar uma menina, o importante é que venha bem de saúde. O resto são só pormenores.

A forma que encaramos um quarto filho é completamente diferente da forma que encaramos um primeiro ou segundo. É tudo muito mais simples e descomplicado e pouco interessa, além do seu bem estar.

Sei que tenho muito para preparar, que tenho de resgatar as roupas deles que estão religiosamente guardadas para serem vestidas por mais um bebé da nossa família.

Mas a diferença é que não haverá o rosa ou o azul. Mas sim o branco! 

Só vamos querer saber quando nascer! Se estou curiosa, muito! Mas vou querer acabar o capítulo maternidade desta forma! 

Uma coisa tenho como certa, ou será um menino ou uma menina. Disso não tenho dúvidas!

No entanto posso dizer-vos que o meu palpite é menino e por norma não me engano. O Tomás acha que é uma mana, o Francisquinho, um mano e o pai sonhou com uma menina.

Vamos ver o que o Futuro nos reserva.

Placas | Caturra 



Dançar a valsa em família

25.1.21

Encarei este fecho das escolas tal como nos foi transmitido, "uma pausa". Sei que será muito mais que isto mas até nova indicação vou encara-la como tal.

Não será fácil para ninguém, passou muito pouco tempo do último confinamento e nem deu tempo para respirar de alívio.

Quatro filhos, um a meses de ingressar no primeiro ciclo, outro nos quatro anos, uma a querer viver a 200% porque está na idade e um na barriga.

É o caos da nossa família! E de tantas outras...

É um esticar constante, para ir de encontro a todas as necessidades, é um trabalho a exigir respostas, uma casa a pedir organização e uma cozinha que nunca está arrumada pois o tempo entre refeições é mínimo.

É um reviver de um passado ainda tão presente mas já com menos forças!

Vai ser necessário voltarmos a erguer-nos. Organizar estratégias e novas rotinas. As escolas acredito que se estejam também reorganizar (uma vez mais) para dar uma maior resposta aos pais. E nós pais vamos ter de dançar a valsa das nossas família uma vez mais.

Mas até lá vou só querer viver um dia de cada vez, sem grandes obrigações e dar-lhes memórias inesquecíveis.

Porque a partir de 4 de Fevereiro vai "doer"...

E vocês? Como estão a gerir este novo fecho das escolas?

As golas mais giras são da Maria Costura
Camisola | Zippy
Colar | Lupinha




Um futuro incerto

21.1.21

Dez meses passaram desde o último fecho das escolas e eu ainda não quero acreditar que tudo voltou ao mesmo.

E embora na minha opinião, tenha sido a melhor decisão,  deixou-me receosa dos próximos meses. E agora? O que será feito do nosso país? Com uma economia a ser obrigada a parar a fundo e com um sistema nacional de saúde a gritar por ajuda?

As crianças uma vez mais ficam privadas do ensino e dos seus amigos, e nós pais voltamos a ver a nossa vida revirada do avesso. Com a diferença que emocionalmente estamos todos mais desgastados.

E nem o tempo acinzentado tem ajudado a ver os próximos tempos mais coloridos.

Dói-me a cabeça, e tenho estado numa luta interior comigo própria para não cair nesta inércia. E nem os mais optimistas como eu, conseguem sentir esperança nestes próximos tempos incertos.

Tenho medo do que nos espera. Tenho medo por mim, pelos meus pais, pelos nossos hospitais e pelos meus filhos.

O Tomás está num ano crucial, para o ano passará para o primeiro ciclo, e este ano é muito importante.  Sei que não tenho as competências de uma professora e sinto-me perdida por saber que falharei redondamente nesta tarefa. Também sei que por agora é por quinze dias mas a experiência do ano anterior leva-me a não ter essas certezas.

Não será uma luta individual, mas uma luta conjunta por um vírus que nos tem tirado tanto. Na verdade também já nos deu coisas positivas, mas já estava na hora de parar! De voltarmos a recuperar o tempo perdido.

A nossa vida nunca mais foi normal, nunca mais nos deitamos tranquilos com o dia de amanhã e temo que esse dia demore a chegar.

E na Sexta-feira, quando em cinco minutos fiz as malas para me encontrar naquele lugar que tanta paz me transmite, estava longe de imaginar que ficaria aqui "presa" por um fim indeterminado.

Não temos muitas coisas aqui, não as trouxe porque seriam apenas só dois dias, tenho roupa prática e também na verdade, em casa, não precisamos mais que isto.

Temos comida suficiente para umas semanas. Os brinquedos que temos aqui são aqueles para entreter por curtos períodos de tempo. 

Tenho canetas, lápis e tintas deixadas aqui do último confinamento, mas que neste momento ainda não lhes consegui tocar.

Falta-me coragem! 

Sei a pressão que meti sobre mim no passado e sei que não quero voltar a chorar o que chorei. 

Mas neste momento preciso de tempo para recompor-me do abanão que voltamos a ter.

A vida voltou a tremer e cabe a nós agarrar-nos a ela. 

Não está fácil para ninguém! Não nos vamos deixar iludir pelo que vemos nas redes sociais. Vamos sim fazer o melhor que podemos, por nós e pela nossa família.

Chegou a hora, de vivermos a vida real! Porque o mundo está a virar-se contra nós.

Não era suposto hoje ter escrito sobre isto, mas com tanta coisa a acontecer, não me sinto bem em mostrar um lado cor de rosa, quando neste momento não existe. Seria só utopia. E eu sempre vos prometi veracidade...

Protejam-se! 




Os (grandes) heróis desta pandemia

20.1.21

 Muito se fala dos profissionais de saúde, e de facto merecem todo o nosso respeito por estarem na linha da frente, a lutar pela vida de tantos doentes, metendo tantas vezes em risco as suas próprias vidas e das suas famílias.

Mas poucas são as vezes que se fala das nossas crianças! A Pandemia entrou nas suas vidas, sem lhes perguntar se queriam ou se estavam dispostas a ver a sua infância roubada.

Não foi uma escolha, foi uma obrigação imposta em prol de um bem maior.

E são eles que merecem os nossos aplausos, foi-lhes negado as festas com os seus amiguinhos, os abraços e beijinhos, a cultura, o lazer "livre" de regras de higiene, os sorrisos, escondidos através das máscaras, os baloiços e os escorregas e até a educação ficou aquém do expectável.

Foi-lhes roubado a infância! Mas mesmo com tantas proibições continuaram a aceitar, sem revoltas e dramatismos e de sorriso na cara.

Encontraram nas suas casas o conforto da família, que tantas vezes falhava pelo ritmo alucinante dos adultos.

Temos um futuro incerto nas mãos, mas são eles a nossa esperança! A esperança que tudo passe e que consigamos em breve recuperar o tempo perdido.

Porque eu posso ter perdido pelo meio uma viagem, uma noitada com amigos e até alguns jantares. Mas eles estão a perder a sua infância. E estes anos são cruciais para o seu desenvolvimento humano. Jamais voltarão a viver as coisas da mesma forma. E isso dá-me um nó na garganta.

Por isso e apesar de todas as regras, tentei lhes dar "normalidade" no meio deste caos em que nos encontrámos.

Hoje não temos mais tempo, nem sequer para pensar em tudo o que estão perder.

É urgente, recolher, de vivermos em família e de nos descobrirmos e reinventarmos todos juntos, uma vez mais.

E quando isto tudo acabar, que tenhamos a ousadia de lhe agradecer e de os aplaudir pela forma como nos tranquilizaram.

Embora pequeninos, e a maioria ainda sem conseguir dimensionar o problema, são a nossa força, e quando chegamos ao fim do dia desgastados e lhes vemos nos olhos esperança e amor, voltamos a conseguir sorrir.



Déjà- Vu.

19.1.21

Quinta-feira é anunciado um novo confinamento, pelo meio sentiu-se alguma revolta, com tantas exceções.

Sexta entra oficialmente em vigor o segundo confinamento, as ruas continuam cheias de carros e de pessoas e nada parece ter mudado.

Pelo meio faço as malas para que possa fugir desta realidade e para que eles possam brincar ao ar livre e sintam o menos possível todo este sufoco que invade as nossas almas. 

Seriam só dois dias, até que Sábado e Domingo o nosso SNS mostra-nos aquela realidade que todos temiam, o início do colapso dos nossos hospitais, a escolha entre quem vive e quem morre.

Ao mesmo tempo e em contraste com as longas filas de ambulâncias para que pudessem entrar nos hospitais, as praias e os paredões enchem-se.  

As nossas Televisões mostram aquelas notícias que em tempos pertenciam a Itália, e que bem longe já assustavam...

Pedidos de ajuda e de consciência, números de mortes a aumentar e um país que se tornou nos piores em relação ao Covid, tudo virou pesadelo!

Não me acredito que o nosso país tenha chegado a este ponto só pelo Natal e Passagem de Natal, acredito que tenha sido um acumular do pós confinamento, mas muito camuflado pelo "bom tempo" e as festas só vieram dar o apertão que infelizmente talvez todos estivéssemos a pedir.

Nunca vi tanto infectado conhecido e estava longe de imaginar que enfrentaria um cenário de guerra.

E a mala que seria para dois dias, teve de se estender até um tempo indeterminado.

O medo instalou-se. E quando fecho os olhos, volto a Março. A diferença é que a esperança começa a escassear, e a incerteza no futuro toma cada vez mais porporções.

Neste momento estamos pela nossa casa que nos acolheu quando mais precisámos, sem certezas de como vamos voltar e das voltas que este confinameto ainda vai dar.

Apenas sei que quero proteger as pessoas que mais gosto e que estou emocionalmente mais forte para um novo confinamento. Que será certamente sem grandes objetivos e expetativas e vivido dia a dia.

Nunca pensei voltarmos a viver nesta incerteza mas é tempo de agir e de ficar em casa!

Protejam-se, por vocês mas também pelas pessoas que mais gostam.

O SNS nunca precisou tanto da nossa união!

É preciso parar, para voltarmos a viver tranquilos!

Por aqui recolhemos todos à nossa bolha e só vamos sair quando nos sentirmos seguros.

E assim voltámos a Março...




Quando o dinheiro não paga...

14.1.21

Há seis anos, bem ao acaso, encontrei uma terapeuta que foi muito além de uma profissão. A Filipa tem abraçado as minhas lutas como se fossem dela e isso é louvável.

Vive os nossos problemas como se fossem dela e festeja as vitórias de uma forma que emociona ao longe. Ainda me lembro das suas primeiras lágrimas por ver o Tomás a corresponder de forma brilhante a um trabalho que demorou meses a ser feito.

O T tem sido o reflexo da sua entrega notável como profissional e pessoa. Não sei em que patamar o Tomás estaria se não tivesse uma Filipa, sempre de mãos dadas com ele, mas sei que lhe devo o seu desenvolvimento

Cresceu com ele e ele com ela. Um Amor par a vida toda, tão bonito, que chega a invejar de tão verdadeiro que é.  

Em seis anos, separou-se apenas seis meses de nós, porque foi viver um sonho e eu teria sido injusta se lhe tivesse cortado as asas, mesmo com um nó na garganta, disse-lhe para ir e que nós aguentaríamos firmes até ao seu regresso. 

Quando aquele avião levantou voo acho que nunca chorei tanto por alguém...

E mesmo a milhares de quilómetros de distância nunca esteve longe, não havia um dia que não falássemos, em que não me ajudasse e me guiasse nesta luta tantas vezes difícil. 

Digo-o e repito-o vezes sem conta, poderia hoje virar milionária, que nunca lhe conseguiria pagar o que ela já fez por nós. Não existe dinheiro no mundo que lhe pague.

Sorte a nossa que conhecemos a (nossa) Filipa!

De sorriso fácil, com um trabalho fora de série e que honra a profissão, do que é ser terapeuta. Comecei pela melhor e isso faz com que seja muito criteriosa com as escolhas das terapeutas que quero que trabalhem com o Tomás. É ela que me ajuda na sua seleção e foi também muito graças a ela que construi a melhor equipa para o Tomás.

O Tomás não é mais que nenhuma criança, apenas é uma criança que trabalha diariamente desde os quatro meses e o seu desenvolvimento apenas é reflexo disso mesmo. 

Aqui não existe sorte mas sim trabalho.

Já eu tive sorte por me ter cruzado com uma terapeuta exímia, que virou família e é a ela que lhe devo parte da nossa felicidade.

Obrigada Filipa por ter movido o mundo pelo Tomás.









Atividades Extra Curriculares

13.1.21
Todos os pais buscam o melhor para os filhos, vivemos em prol da sua educação e formação e muitas vezes essa ânsia pelo melhor torna-nos cegos.

Ambicionamos  que ao cinco anos já toquem piano, joguem futebol, falem duas a três línguas fluentemente, façam ballet, natação e tantas outras atividades que não me lembro.

E em momento algum nos lembramos que no meio de tanta tarefa, devemos de guardar espaço para que brinquem, talvez porque isso não seja mensurável e avaliado. 

O que mais importa é que sejam os melhores, para que possamos exibi-los como troféus. Afinal de contas, nenhuma mãe que gosta de admitir que o filho não é bom a algo.

E é esta pressão que leva tantas vezes as crianças a crescerem no meio de uma competição feroz e aos poucos se tornarem adultos "sem limites, para atingir os seus fins".

Aprendem desde cedo a competir com os outros quando deviam de aprender a competir com eles próprios.

Enchemos as suas agendas de atividades, passamos a viver em prol das suas tarefas e tantas vezes testamos o nosso orçamento só para lhes dar o que achamos ser melhor.

Mas no meio disto tudo esquecemo-nos de perguntar, olhos nos olhos, o mais importante,  "é isto mesmo que te dá prazer?"; "gostas mesmo?"; faz-te feliz?

E é no dia em que deixarmos de ser escravos da perfeição, que seremos surpreendidos com "mãe, o que mais gostava era de ter tempo livre para brincar".

Sou de opinião que as crianças devem escolher os seus tempos livres, nós pais apenas devíamos de orientar, sem dramatismos e sem grandes expectativas.

E se um dia eles tiverem uma tarde livre, que bom, que brinquem, que imaginem e criem pois são crianças.

O Tomás e o Francisquinhos estão no Inglês por opção deles, primeiro dei-lhes a oportunidade de conhecerem e foram eles que me disseram que queriam muito porque gostavam por isso ainda hoje estão na Helen Doron perto de nossa casa.

Estão também no Futebol, porque o pediram, o Tomás por norma está em campo trinta minutos pois mais que isso aborrece-se, o Francisquinho faz o treino completo sempre de sorriso na cara. No entanto têm dias que não querem ir e eu não obrigo.

As atividades extra curriculares existem para lhes dar prazer e não para os aborrecer.

Independentemente de tudo são crianças e merecem divertir-se e serem felizes.

E vocês como gerem as atividades dos vossos filhos?


Trolley | Nikidomroller.


A reação dos irmãos

8.1.21

Quando soubemos que íamos ter mais um filho não hesitamos por um minuto em dizer aos nossos filhos.

Mesmo sabendo o risco que corríamos, porque o primeiro trimestre é sempre uma verdade incerta, arriscamos. Estávamos confiantes!

Em tempos já lhes tinha perguntado se gostavam de ter mais um bebé em casa e tinham-me prontamente respondido que sim.

Até que a suposição deu lugar a certezas e disse-lhes que a mãe tinha um bebé na barriga. Os olhos brilharam de imediato e agarraram-se à minha barriga.

E desde esse dia que não passam sem perguntar pelo bebé. O Tomás arrisca numa mana e o Francisquinho num mano. 

A Constança, até ao bebé nascer, ainda não tem idade para perceber o que é isto de ter um bebé na barriga por isso continua a ser a bebé da casa.

Sempre que é dia de médico, perguntam-me se correu bem e ficam todos felizes quando o vêem através de fotografias.

Este ano ficarão mais ricos enquanto pessoas. Voltarão a aprender a partilhar a minha atenção.

Vão ser os irmãos velhos, as estrelas guias dos mais novos e embora não lhes queira dar nenhum peso da responsabilidade, a natureza humana vai encarregar-se de lhas dar. 

Sei que estarão à altura, já mostraram isso com a Constança. Vão ser atenciosos para o bebé e também ajudarão os pais de certa forma a cuidar melhor da nossa nova família.

Dei-lhes herança e isso é o mais importante. 

Estamos felizes, muito felizes, todos!!



New Baby

6.1.21

Há quem ache loucura, outros amor louco e há que até considere falta de noção ou mesmo que só podemos ser "ricos".

O que é certo é que ao quarto filho, são poucas as pessoas que não fazem aquela cara de surpresa quando sabem, muitos perdem até a vergonha e ficam tão incrédulos que conseguem que duvidemos do passo que demos.

Ter três filhos é coragem, quatro é loucura. E acho que foi essa loucura que me deu medo no dia em que vi aquele positivo.

Hoje sinto-me confiante mas já senti medo. Medo de não conseguir gerir quatro crianças em fases tão diferentes mas com idades tão próximas.

Medo das mudanças que a nossa vida vai implicar. É inevitável também não pensar na parte financeira. E para quem possa pensar que nos saiu o euromilhões posso adiantar que este saiu-me à seis à quatro anos e à dezoito meses.

Não sou uma pessoa mais rica financeiramente seguramente, ambicionava ter mais do que o que tenho, mas tenho uma riqueza interior incalculável.

No momento surgiram muitas questões, mas que as tentamos simplificar, pois caso contrário elas ganharão importância. 

Foi necessário parar estes pensamentos e focar-nos nas grandes vantagens que este novo filho nos trará.

Um novo bebé, uma nova vida vida e um amor maior.

Estamos felizes e isso é o mais importante! 

Sempre falamos em ter quatro filhos, mas ao longo do tempo o meu marido foi reduzindo, de dois, depois para três mas eu nunca cedi ao meu/nosso sonho. Tinha acabado de ter a Constança e já lhe falava no quarto, ele achava-me louca, eu dizia-lhe que era amor.

E embora a nossa casa seja um reboliço, sentia que não estava completa. Faltava ali algo... não sei explicar. Já tinha ouvido mães dizer que se sentiam completas e que para elas o assunto filhos estava "fechado" mas eu ainda não tinha sentido isso.

Entretanto os meses foram passando e a vontade reduziu. A nossa logística familiar ganhou força, e automatizou-se, a Maria Constança cresceu a um ritmo alucinante, e embora ainda seja a minha bebé, já dá sinais que está mais à frente da sua idade.

Recuperei o meu peso ganho na última gravidez, já não me lembro ao certo quantos foram, mas uns vinte cinco kilos seguramente. E pensar em voltar a ganhar tudo fazia-me afastar da ideia de voltar a ser mãe.

Houve alturas em que me senti egoísta e fútil por pensar dessa forma. 

Até que numa conversa bem descontraída com o meu marido voltamos a equacionar o quarto filho, ele dizia que aos 40 já queria estar longe de fraldas e com uma vida mais "fácil" e foi aí que lhe disse que se fosse agora, quando tivesse os 40 já estaria nessa fase pois o bebé teria 3, a Constança 5, o Francisquinho 8 e o Tomás 9. E foi aí que respondeu que tinha razão. 

"Vamos tentar mas se até ao final do ano não conseguires ficamos como estamos." 

Aceitei de imediato mas a achar que seria quase impossível isso acontecer.

Já estávamos em Outubro. E por incrível que pareça foi após essa conversa que tudo aconteceu. O resto vocês já sabem 😉

Mas embora quisesse muito tinha sempre todas as outras questões na cabeça, mas entreguei nas mãos de Deus o quarto filho.

Se ficasse era porque tinha mesmo de acontecer, caso não acontecesse, estava tudo bem nas mesma e ficaríamos assim.

A felicidade ia imperar sempre independentemente do caminho que a minha vida tomasse.

Por isso digo que este filho tinha de vir, a nossa família estava destinada a ser de seis. E não podíamos estar todos mais felizes!

Obrigada por todas as vossas mensagens e carinho. Ainda não consegui ver tudo mas prometo que estou a ler uma a uma. 

Vocês são incríveis!!

Jardineiras | Monkiki


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                



A nossa família vai aumentar

5.1.21


Dois meses sem menstruação...

Dois meses em que achei normal, até me terem feito a pergunta mais temida "está grávida?". E embora a minha resposta tenha sido um não de imediato. Lembrei-me que de facto não tinha menstruação já à dois meses. No entanto achei que seria apenas um atraso porque nem sempre fui regular.

Os dias e as semanas foram passando e o meu marido começou de facto a achar estranho essa ausência. Começou a perguntar-me todos os dias mas eu tentava fugir ao obviou e desculpava-me com "não tenho sintomas" como se fosse uma verde no assunto e não soubesse que todas as minhas gravidezes tinham sido santas.

Eu estava perfeita apenas sem menstruação. Não tinha enjoos, mau estar ou excesso de sono.

No entanto desde que o Bernardo se apercebeu , que já não me largou mais, até que depois de um almoço passou na farmácia e não me deu saída. É hoje! E agora que vais fazer o teste de gravidez.

No meio de um nervosismo miudinho e a pensar que aquilo não me podia estar a acontecer,  disse-lhe que era impossível... e que era só um atraso gigante mas acho que já nem eu acreditava no que estava a dizer.

Já com o teste na mão e já a transpirar de nervos, ainda fui deitar os miúdos antes, precisava de ter tempo para olhar para aquele positivo ou negativo sossegada e sem a euforia dos meus filhos pela casa.

Fiquei ali com eles como faço todas as vezes, a responder às vossas mensagens, até que eles adormeceram e fui pé ente pé, de teste na mão em direcção à casa de banho. Olhei para o teste e pensei, se desse positivo seria a última vez que passaria por aquela sensação. Fi-lo tal como fiz das últimas vezes. 

Entretanto deixei o teste na casa de banho e virei costas.

Fui à sala e disse-lhe que já o tinha feito mas que não tinha coragem de ver o resultado, para ser ele. E assim foi... vejo-o a ir em direcção sem hesitação à nossa casa de banho e o meu coração já palpitava a duzentos à hora. Cruzo-me com ele no corredor dos quartos e ele está nervoso mas a rir e eu já só me apetecia chorar (de nervos). perguntei-lhe, então? Ao qual me respondeu..." mas o que é que tu achas?" Estou grávida? E ele...sim! Não posso!! Deixa ver...

E ali estavam duas riscas bem vincadas... Primeiro que tudo fiquei em choque, quatro filhos?!? Como era possível? Eu queria muito era um facto, mas uma coisa é dizer, a outra é ver que o que tanto dissemos ainda em miúdos se tinha concretizado.

Ainda enviei mensagem ao meu médico, ao quarto, já tenho direito a este grau de afinidade. Ele respondeu-me que não havia dúvidas...

4 Filhos! 4 Filhos! 4 Filhos!

E não saímos dali... já sentados os dois com tudo calmo, falámos sem norte, e entre linhas só questionávamos que não era possível. Na minha cabeça só me ocorria o quarto novo que lhes tinha preparado e que tinha de ser reformulado. Em toda a logística que implicava ter quatro filhos. A questão financeira que é impossível não ser equacionada. Metemos tudo na mesa e no meio de um turbilhão de emoções veio o medo... O medo de falharmos, o medo desta loucura (boa). O medo de tudo e de nada. Decidimos não pensar sobre o futuro porque não o controlamos e pensámos que independentemente de tudo, estávamos a construir uma família sólida, feliz e cheia do mais importante: AMOR! 

Percebemos de imediato que a nossa casa seria sempre cheia e que jamais nos sentiríamos sozinhos! Que seria sempre uma confusão (boa). Que teríamos o ingrediente principal para sustentar esta loucura: AMOR! Que juntos seríamos sempre mais fortes e que os nossos filhos seriam eternamente sortudos porque lhes tínhamos dado algo que jamais encontrarão nas prateleiras dos supermercados. 

União, cumplicidade, partilha e amor serão sempre a base da nossa família e este bebé (ainda sem sexo) será o fechar do nosso ciclo da nossa família.









Recomeço

3.1.21

As festas acabaram e com isso começa o recomeço de tudo!

Deixamos para trás 2020 com a esperança que 2021 seja um ano progressivamente melhor pois é importante que não nos iludamos que tudo vai acabar dentro de meses.

Vai acabar sim, pelo menos eu quero acreditar nisso, que iremos terminar o ano com uma vida absolutamente normal.

O medo não vai dissipar-se, a crise financeira agora sim vai começar em força, e este ano será desafiador por só si.

De nada vale projectar muito a longo prazo. Vamos viver apenas no presente, com esperança e com uma boa dose de energia positiva.

Com a certeza que nós somos os únicos responsáveis da nossa felicidade. Vão existir dias menos bons, que pouco ou nada iremos conseguir controlar por isso vamos focar-nos no que depende de nós.

Não tenho muitas resoluções para este ano. Quero acima de tudo que eu e a minha família se escape do Covid.

Quero continuar a ter uma vida de hábitos saudáveis. 

Quero conseguir a rentabilizar ainda mais o meu tempo de trabalho e cada vez mais desfocar-me do trabalho fora de horas.

Acabei e comecei o ano num dos locais que mais paz me transmite. Passei estes últimos quatro dias na minha bolha de amor, Descansei e cansei-me vezes sem conta.

Vivi exclusivamente para a família, e os amigos, mesmo longe, estiveram sempre por perto.

Comi como já não comia à muito e agora o que preciso mesmo é de um detox.

Comecei acima de tudo feliz e acredito que isso é um bom presságio para um bom ano.

E o vosso começo como foi?

O meu casaco quentinho e super fofo é da Trendy Bazaar



Bemvindo 2021

1.1.21

 Finalmente em 2021!

Foi uma passagem de ano diferente do habitual mas igualmente feliz. E ao contrário do que imaginava, mesmo no modo caseiro, os meus filhos foram dormir muito depois das doze badaladas.

Dançamos e rimos bastante! Vivemos em família como vivemos quase todo o ano de 2020.

Para 2021 não vou muito além dos desejos clichê de Amor, Saúde e Esperança! Se houve coisa que aprendemos neste ano que acabou de passar foi que não vale a pena planearmos de mais a vida. Devemos de nos centrar no presente, que o futuro será sempre o resultado das vivências do presente.

Acabei o ano agradecida, não porque foi o melhor ano de sempre mas porque no meio de tanta adversidade sobrevivi.

Que 2021 nos presentei de bons momentos, de jantares longos com amigos, de abraços e que nos nunca nos tire a felicidade.

Que seja um ano em grande para todos!

Bom ANO!!

Look de malha super confortável
Trendy Bazaar