Há quem ache loucura, outros amor louco e há que até considere falta de noção ou mesmo que só podemos ser "ricos".
O que é certo é que ao quarto filho, são poucas as pessoas que não fazem aquela cara de surpresa quando sabem, muitos perdem até a vergonha e ficam tão incrédulos que conseguem que duvidemos do passo que demos.
Ter três filhos é coragem, quatro é loucura. E acho que foi essa loucura que me deu medo no dia em que vi aquele positivo.
Hoje sinto-me confiante mas já senti medo. Medo de não conseguir gerir quatro crianças em fases tão diferentes mas com idades tão próximas.
Medo das mudanças que a nossa vida vai implicar. É inevitável também não pensar na parte financeira. E para quem possa pensar que nos saiu o euromilhões posso adiantar que este saiu-me à seis à quatro anos e à dezoito meses.
Não sou uma pessoa mais rica financeiramente seguramente, ambicionava ter mais do que o que tenho, mas tenho uma riqueza interior incalculável.
No momento surgiram muitas questões, mas que as tentamos simplificar, pois caso contrário elas ganharão importância.
Foi necessário parar estes pensamentos e focar-nos nas grandes vantagens que este novo filho nos trará.
Um novo bebé, uma nova vida vida e um amor maior.
Estamos felizes e isso é o mais importante!
Sempre falamos em ter quatro filhos, mas ao longo do tempo o meu marido foi reduzindo, de dois, depois para três mas eu nunca cedi ao meu/nosso sonho. Tinha acabado de ter a Constança e já lhe falava no quarto, ele achava-me louca, eu dizia-lhe que era amor.
E embora a nossa casa seja um reboliço, sentia que não estava completa. Faltava ali algo... não sei explicar. Já tinha ouvido mães dizer que se sentiam completas e que para elas o assunto filhos estava "fechado" mas eu ainda não tinha sentido isso.
Entretanto os meses foram passando e a vontade reduziu. A nossa logística familiar ganhou força, e automatizou-se, a Maria Constança cresceu a um ritmo alucinante, e embora ainda seja a minha bebé, já dá sinais que está mais à frente da sua idade.
Recuperei o meu peso ganho na última gravidez, já não me lembro ao certo quantos foram, mas uns vinte cinco kilos seguramente. E pensar em voltar a ganhar tudo fazia-me afastar da ideia de voltar a ser mãe.
Houve alturas em que me senti egoísta e fútil por pensar dessa forma.
Até que numa conversa bem descontraída com o meu marido voltamos a equacionar o quarto filho, ele dizia que aos 40 já queria estar longe de fraldas e com uma vida mais "fácil" e foi aí que lhe disse que se fosse agora, quando tivesse os 40 já estaria nessa fase pois o bebé teria 3, a Constança 5, o Francisquinho 8 e o Tomás 9. E foi aí que respondeu que tinha razão.
"Vamos tentar mas se até ao final do ano não conseguires ficamos como estamos."
Aceitei de imediato mas a achar que seria quase impossível isso acontecer.
Já estávamos em Outubro. E por incrível que pareça foi após essa conversa que tudo aconteceu. O resto vocês já sabem 😉
Mas embora quisesse muito tinha sempre todas as outras questões na cabeça, mas entreguei nas mãos de Deus o quarto filho.
Se ficasse era porque tinha mesmo de acontecer, caso não acontecesse, estava tudo bem nas mesma e ficaríamos assim.
A felicidade ia imperar sempre independentemente do caminho que a minha vida tomasse.
Por isso digo que este filho tinha de vir, a nossa família estava destinada a ser de seis. E não podíamos estar todos mais felizes!
Obrigada por todas as vossas mensagens e carinho. Ainda não consegui ver tudo mas prometo que estou a ler uma a uma.
Vocês são incríveis!!
Jardineiras | Monkiki |
ADORO! Eu sempre quis ter três filhos e o marido só quer dois. E sinto-me assim como a Andreia descreve. incompleta. Mas já resignada :( boa sorte!
ResponderEliminarObrigada ❤️
EliminarÉ sempre uma felicidade. Muitos Parabéns!
ResponderEliminarmuitos parabens andreia!! so percebi e soube agora! tudo a correr bem!! bjs doces
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