Sempre ambicionamos pertencer às famílias numerosas por isso quando o Tomás nasceu, em momento algum desisti do nosso sonho.
E dias antes do Tomás completar o seu primeiro aniversário, descobri que estava grávida. Não houveram medos mas sim uma grande felicidade.
Seriam 20 meses que os separava. E aquele cliché de não conseguir amar outro filho da mesma forma acompanhou-me até o ver pela primeira vez. É quase como uma explosão de amor que se apodera de nós. E o amor multiplica-se de uma forma que nunca pensámos. É uma multiplicação de um amor único.
Logisticamente os primeiros meses não foram fáceis, eram dois bebés, com necessidades diferentes e embora apenas fossem dois, houve alturas que senti que tinha uma fábrica de bebés em casa pois passava o meu tempo entre um e outro, sendo que o Francisquinho, era daqueles bebés que só estava satisfeito ao colo.
Houve alturas em que me perdi na escuridão da maternidade, outras que chorei porque me sentia a ser engolida num cansaço sem fim.
Mas se este Primeiro ano foi desafiante traduziu-se ao longo do tempo na melhor coisa que lhes podia ter dado.
Estão a crescer e a descobrir o mundo juntos e isso valeu cada cansaço do passado!! Complementam-se na perfeição, são o braço direito e esquerdo um do outro, pode-lhes faltar tudo, desde que isso não passe por ficarem um sem o outro.
A sua fraqueza é a força um do outro! São a minha combinação perfeita!
Um é loiro, o outro é moreno, um tem uma alimentação exímia, o outro é a gulodice em pessoa, um tem no mundo nos olhos, o outro o mundo às costas. Um é extrovertido, o outro é introvertido. Um é do mundo, o outro é da casa!
Mas os dois são meus e eu à seis anos não previa que estivesse a construir o meu maior império! Eles, os meus filhos! A minha força!