10 anos

30.9.21

Nunca em momento algum pensei que hoje estaria uma pilha de nervos. Estava super calma até chegar segunda e virar uma pilha de nervos.

É uma festa intimista, onde estão as pessoas mais importantes da nossa vida e onde de alguma forma estiveram presentes, nos bons e nos maus momentos. 

Pessoas especiais que fazem parte de nós e da nossa identidade.

Tive a maior ajuda que podia ter tido, a minha querida Wedding Planner,  Ana César da Pop Up Weddings tem sido incansável e sempre com as palavras certas para acalmar o meu coração inquieto. 

Há 10 anos estava igualmente nervosa, talvez um pouco mais do que agora. Tinha como certo que deixava para trás um capitulo e abriria outro cheio de sonhos.

Pedi autorização à minha de fumar um cigarro, bebi um chá de seguida e fui para a cama.

Há dez anos estava longe de saber dos desafios que me seriam apresentados. Hoje agradeço um por um. Foram eles que me fizeram crescer e que me fizeram ser quem sou. A nossa relação cresceu. A admiração veio com mais força e o respeito a confiança tornaram-nos inabaláveis.

Amanhã o dia vai ser especial! Os nossos filhos vão ver com os seus olhos o quanto os pais se amam e só por isso vai valer a pena.

Não será uma festa minha, nem do meu marido, mas nossa! A festa da nossa família!

E se há 10 anos me dissessem que voltaria a pisar o espaço onde casei vestida de noiva não acreditava.

Hoje deito-me inquieta mas com a certeza que será memorável.




Marvão

29.9.21

A primeira semana de escola foi difícil, foi uma nova rotina a instalar-se. 

Foi o Recomeço dos compromissos e das 1001 tarefas.

Uma semana que foi vivida no limite e que nos obrigou a parar, para respeirar para o que ai vêm.

Por isso trocamos a cidade pelo interior por dois dias e foi tão bom.

Um destino que já éramos para ter ido no Verão mas que acabou por ser adiado devido à pandemia. 

Casas da Estação, um local de sonho, no meio do campo, com casinhas que contam histórias. 

A sua decoração, rural faz lembrar o passado e só por si transmite-nos calma.

Pão quente à porta pela manhã a contrastar com as oliveiras tornaram os nosso pequeno almoço maravilhoso.

Um destino óptimo para famílias, com muito espaço para apenas "ser".

Até um dia Marvão!




Tempo a dois

23.9.21

Pela primeira vez vivenciei o que é ter os filhos de férias e posso dizer-vos que a experiência é toda menos maravilhosa.

E não é porque não quero estar com eles, pelo contrário. É porque é um sentimento de falha constante. 

Infelizmente não me posso dar ao luxo de abdicar do trabalho para estar com eles. O meu marido também não. Por isso foi um mês de sobrevivência, todos os dias era uma ginástica mental para os distribuir. Era um "Totoloto" diário.

Eu fiquei mais intolerante, mais impaciente e ansiosa com toda a gestão familiar. O meu marido saturado de estar em casa a trabalhar e a segurar as pontas quando não tínhamos onde os deixar".

Viramos escravos da nossa vida!!

Desgastou-nos!

O tempo era curto para tanta obrigação e aliado a tudo isto o sentimento de falha constante para os meus filhos moeu-me.

Quis acreditar que era uma fase e que nada dura para sempre!

Teve dias que não falávamos além do "onde os íamos deixar? As horas de terapias...."

Por isso este fim‑de‑semana que passou foi mesmo o ponto final daquela vida louca. Foi um parar, respirar fundo. E reencontrar-nos outra vez. Meter tudo na perspectiva certa. E namorar!

Falamos imenso e metemos todos os assuntos pendentes em dia.

Foi bom! Foi a dose de energia necessária para voltarmos a ganhar forças para mais um ano letivo.

Alugámos uma mota na Europcar, e fomos até o Algarve. Quisemos viver a dois, livres e sem horas. A viagem foi muito gira. E ficámos num dos hotéis que mais gosto do Algarve. O Pine Cliffs. Nunca tinha ido a dois e foi igualmente maravilhoso.

Ter tempo a dois é importante para voltarmos à base onde tudo começou. Não é egoísmo, é lutar pela nossa felicidade.

Porque a felicidade ainda só depende de nós e enquanto assim for é tudo uma questão de escolhas.


Óculos | Afflelou
Mrs.Eartha



 

Primeiro Dia da Creche

21.9.21

 Nunca tinha tido um filho na creche. Felizmente tive a sorte de os poder manter em casa até completarem os três anos.

Não que agora não continue a ter esse privilégio, mas ver a forma como a Constança está desenvolvida levou-me a antecipar a sua ida para a escola.

Senti que ela precisava mais, a busca constante pela novidade, a forma como compreende e transmite as suas ideias (fixas) fez-nos avançar.

E se por um lado sinto que tomei a decisão certa, por outro custa-me "tirá-la" dos braços da bisavó, sabendo que esta é a sua maior força da sua vida.

Mas a vida ajeita-se mediante as nossas escolhas. E para que a minha avó também não fique sem a sua grande companhia a Constança, este ano ,vai frequentar a escola até ao almoço.

E esta foi a forma que encontrei para lhe dar o equilíbrio necessário para o seu desenvolvimento.

O primeiro dia de escola custa sempre, e ao terceiro não deixa de custar mais, pelo o contrário. É aquele sentimento que ficamos sem os nossos "pintainhos". É um sentimento de casa vazia.

A adaptação está a ser desafiante, como o expectável. Vai, feliz! Mas assim que percebe que vai ficar agarra-se às minhas pernas, chora, e eu ali fico perdida entre pensamentos.

Embora saiba que fica bem, custa-me muito deixá-la desamparada. Durante a manhã sei que pergunta muito por mim, chora pelo meio e quando a vou buscar chora e agarra-se a mim.

Não sei quanto tempo vai demorar assim mas espero que rapidamente desfrute da escola.

Agora vai filha, voa e sê feliz! O mundo espera por ti