Pela primeira vez vivenciei o que é ter os filhos de férias e posso dizer-vos que a experiência é toda menos maravilhosa.
E não é porque não quero estar com eles, pelo contrário. É porque é um sentimento de falha constante.
Infelizmente não me posso dar ao luxo de abdicar do trabalho para estar com eles. O meu marido também não. Por isso foi um mês de sobrevivência, todos os dias era uma ginástica mental para os distribuir. Era um "Totoloto" diário.
Eu fiquei mais intolerante, mais impaciente e ansiosa com toda a gestão familiar. O meu marido saturado de estar em casa a trabalhar e a segurar as pontas quando não tínhamos onde os deixar".
Viramos escravos da nossa vida!!
Desgastou-nos!
O tempo era curto para tanta obrigação e aliado a tudo isto o sentimento de falha constante para os meus filhos moeu-me.
Quis acreditar que era uma fase e que nada dura para sempre!
Teve dias que não falávamos além do "onde os íamos deixar? As horas de terapias...."
Por isso este fim‑de‑semana que passou foi mesmo o ponto final daquela vida louca. Foi um parar, respirar fundo. E reencontrar-nos outra vez. Meter tudo na perspectiva certa. E namorar!
Falamos imenso e metemos todos os assuntos pendentes em dia.
Foi bom! Foi a dose de energia necessária para voltarmos a ganhar forças para mais um ano letivo.
Alugámos uma mota na Europcar, e fomos até o Algarve. Quisemos viver a dois, livres e sem horas. A viagem foi muito gira. E ficámos num dos hotéis que mais gosto do Algarve. O Pine Cliffs. Nunca tinha ido a dois e foi igualmente maravilhoso.
Ter tempo a dois é importante para voltarmos à base onde tudo começou. Não é egoísmo, é lutar pela nossa felicidade.
Porque a felicidade ainda só depende de nós e enquanto assim for é tudo uma questão de escolhas.
Óculos | Afflelou Mrs.Eartha |
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