O Tomás mudou de escola, e foi talvez das decisões mais difíceis que tive de tomar.
E sim... dei-me por vencida!
Ao longo do último ano fui-me apercebendo que isto não é uma luta só minha, mas de tantas famílias. Percebi também, que antes de mim, já houve quem tivesse lutado. E que isto não é uma luta "contra" uma pessoa mas sim contra um sistema inteiro.
E foi no dia em que fui à DGEstE, com a esperança, que alguém me ajudasse, ouvi o que jamais pensaria ouvir.
"Mude de escola"
Mas como assim?!?
E naquele dia, baixei os braços, fechei a porta! Percebi que não havia nenhuma identidade que defendesse os interesses do meu filho e nem tão pouco queriam saber.
Há lutas que não merecem a pena e esta é uma delas, porque desgasta e leva-nos ao limite e sem resultados favoráveis. E se há coisa que a vida me ensinou, é que devemos gastar a nossa energia em coisas que valham a pena.
Talvez um dia, exista um pai ou mãe com um filho com necessidades especiais no ministério, que nos entenda e nos ouça, até lá a palavra inclusão será usada de forma leviana na educação deste país.
E agora pergunto,
Onde é que está a inclusão apregoada pelo o ministério da Educação?
Onde está o decreto de lei que deixa de aconselhar e passa a obrigar?
Onde estão os direitos das criança?
Onde está a equipa multidisciplinar que tanto dizem que é fundamental nas crianças com Necessidades especiais?
Onde está? Não está!